Eleito senador nas eleições do dia 7 de outubro, o irmão do ex-candidato presidenciável Ciro Gomes, Cid Gomes (PDT-CE), protagonizou uma discussão com militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) na noite desta segunda-feira (15). A briga aconteceu em meio a um evento promovido pelo partido a favor da eleição de Fernando Haddad para a Presidência de República.
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A discussão teve início quando Cid Gomes tomou o microfone no ato e disse que o PT deveria fazer um "mea culpa", uma autocrítica a respeito de sua falhas durante as gestões Dilma e Lula. Ainda durante o ato, em Fortaleza, o ex-governador do Ceará afirmou que o PT teria 'criado' Jair Bolsonaro, o candidato do PSL à Presidência.
Confrontado por militantes, que gritavam o nome do ex-presidente Lula, Cid avisou que o líder petista está na cadeia. "O Lula tá preso, babaca", afirmou o irmão de Ciro , gerando vaias por parte dos petistas.
Por fim, ao lado do governador reeleito do Ceará, Camilo Santana (PT), Cid também disse aos militantes, usando o microfone, que o PT vai perder "feio" a eleição presidencial e, segundo ele, isso é "bem feito" porque petistas fizeram "muita besteira".
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"O Lula tá preso. E vai fazer o quê? Babaca, babaca... isso é o PT e o PT, desse jeito, merece perder", afirmou ele. Ainda em meio às vaias, afimou "isso aí, é esse sentimento que vai perder a eleição".
Gleisi rebate críticas de Cid Gomes
O vídeo que mostra a discussão de Cid com militantes do PT rapidamente caiu nas redes sociais. O confronto acabou causando forte desconforto à campanha de Fernando Haddad , que esperava um gesto de apoio do irmão de Ciro ao petista. Ciro Gomes está no exterior.
Se o PT não estivesse no segundo turno, apoiaria o adversário do deputado Bolsonaro, porque ele não vai promover a democracia no país. Esperávamos que isso fosse um movimento natural e estou vendo que não é. Adiante, a história avaliará a todos nós
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 16 de outubro de 2018
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Frente à repercussão negativa, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a "história avaliará a todos". "Se o PT não estivesse no segundo turno, apoiaria o adversário do deputado Bolsonaro, porque ele não vai promover a democracia no País", escreveu no Twitter. "Esperávamos que isso fosse um movimento natural e estou vendo que não é. Adiante, a história avaliará a todos nós", afirmou, sem citar diretamente Cid Gomes .