Debate da Record é marcado por ataques constantes contra Bolsonaro e Haddad

A uma semana da eleição de 7 de outubro, oito candidatos participaram do encontro que teve os líderes das últimas pesquisas como os principais alvos

Debate na Record entre os candidatos à Presidência do Brasil aconteceu na noite deste domingo, em São Paulo
Foto: Reprodução/RecordTV
Debate na Record entre os candidatos à Presidência do Brasil aconteceu na noite deste domingo, em São Paulo

Os canddiatos à Presidência da República Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (Psol), Henrique Meirelles (MDB) Alvaro Dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota) participaram, neste domingo (30), do debate da Record, o penúltimo encontro entre eles, antes do primeiro turno das eleições.

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O candidato Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu ao debate da Record , pois ainda se recupera da facada sofrida durante um ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais, no último dia 6 de setembro. Os médicos do presidenciável aconselharam repouso.

O primeiro bloco do encontro foi marcado por ataques de todos os candidatos a 
Bolsonaro. O ex-capitão foi apontado como responsável pelo radicalismo e intolerância
durante a campanha, principalmente por aqueles que aparecem em terceiro lugar nas
pesquisas.

Além disso, num tom de antipetismo e antiradicalismo de direita, um discurso de que não precisa ser "nem um, nem outro" apareceu diversas vezes. Em segundo lugar nas pesquisas, Haddad preferiu adotar a estratégia de enaltecer o ex-presidente Lula e se distanciar da aliança feita com o vice-presidente de Dilma Rousseff, Michel Temer, no último pleito presidencial.

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Ciro Gomes e Marina Silva não pouparam PT e Bolsonaro das críticas durante o debate da Record

Ciro perguntou a Marina Silva sobre a alegação de Bolsonaro, de que não aceitaria o resultado das urnas caso ele não fosse o escolhido. A candidata da Rede não conteve suas críticas e disse que o líder das pesquisas é autoritário, antidemocrático, mas que em alguns momentos amarela. Segundo ela, Bolsonaro tem medo da derrota, e o Brasil precisa escolher entre a espada da corrupção (PT) e a cruz do autoritarismo.

O candidato do PDT endossou o discurso e disse que ninguém aguenta mais a radicalização. Marina completou dizendo que o PT tem proposta de controlar a imprensa e o Judiciário, além de criar uma nova constituinte.

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Meirelles entrou no tema e questionou Ciro sobre a radicalização . O ex-ministro disse que é
perigoso o cenário em que os perdedores não aceitam o resultado e pediu que os brasileiros
reflitam sobre a necessidade do manter o diálogo.

Para o candidato do MDB, o Brasil precisa de alguém que tenha competência e resultados
concretos para apresentar. O ex-ministro da Fazenda lembrou então de sua gestão no governo Temer.

Alvaro Dias, por sua vez, afirmou que o Brasil assiste à marcha da insensatez e que está
assustado com os fantasmas da esquerda e da direita. Alckmin e Boulos não foram
questionados sobre Bolsonaro, mas não perderam a chance de atacar o tema. "As mulheres deram um exemplo indo às ruas contra Bolsonaro", disse o tucano antes de falar que o PT foi responsável pela criação de vagas para alojar "companheirada do Lula".

Daciolo aproveita debate da Record para atacar Globo e PT

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Para Daciolo, do Patriota, PT massacrou o povo por 13 anos; críticas foram feitas durante o debate da Record, ontem

O candidato Cabo Daciolo apareceu pela primeira vez no debate para "denunciar uma farsa" ao dizer que não foi convidado para o debate na Globo . O candidato falou que os rivais estavam "batendo bola" para atacar Bolsonaro, atacou Haddad dizendo que o PT massacrou o povo por 13 anos e ainda reafirmou que será eleito no primeiro turno com 51% dos votos.

Boulos, por sua vez, questionou Haddad se mesmo após o "golpe" o PT ainda queria ter como aliados os políticos do MDB. O petista se distanciou dos ex-aliados e afirmou que defende as bandeiras populares e mais democráticas.

Seguindo a linha de atacar o líder das pesquisas, Alckmin disse que o grande problema do
Brasil é o desemprego e que o País não atura um período de radicalismo entre esquerda e
direita.

Henrique Meirelles continuou e apontou que Bolsonaro não gosta do Bolsa Família e
que o seu vice quer por fim ao décimo terceiro salário, ao adicional de férias e ainda lembrou que Paulo Guedes, economista da equipe do candidato do PSL, acenou com a volta do CPMF.

O candidato do Podemos aproveitou seu tempo para atacar o ex-presidente Lula: "Lá da
prisão, ele comanda a campanha do PT e determina o que deve ser feito". O senador
também ironizou Ciro e Haddad, que foram ministros de Lula. "Falam como se tivessem sido
ministros da Dinamarca. Porque o que eles dizem ter feito, eu não vi".

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Para finalizar o debate da Record , Haddad também mirou Bolsonaro e voltou a citar o corte do 13º salário, a maior taxação para os pobres, e disse que o ex-capitão deseja aprofundar a agenda de Temer. O próximo e último encontro entre os presidenciáveis acontece na próxima sexta-feira (5), na Rede Globo .