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Bruna Prado/Apex-Brasil
Depois de ser "enquadrado" pelo PSL, Paulo Guedes tem cancelado sua participação em eventos e entrevistas

Desautorizado publicamente por Jair Bolsonaro (PSL) depois de expor suas ideias sobre uma possível reforma tributária no Brasil, Paulo Guedes, guro econômico do candidato à presidência da República, tem cancelado a presença em diversos eventos, entrevistas e sabatinas.

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Entre integrantes do chamado "mercado" - empresários graúdos, compradores de dólares e ações etc - comenta-se que o comportamento esquivo de Paulo Guedes pesa negativamente para sua respeitabilidade junto ao mundo financeiro.

A desistência da vez foi referente à sabatina realizada pela Fundação Getúlio Vargas, Ibre e O Estado de S.Paulo . Representantes de Marina Silva (Rede), João Amoêdo (Novo), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Henrique Meirelles (MDB) marcaram presença no evento. Entre as principais candidaturas, a única ausência ficou por conta do economista de Bolsonaro.

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O movimento de suspender a participação em eventos já havia sido iniciado pelo cooordenador do programa econômico do PSL na semana passada. Guedes cancelou na uma reunião com investidores do Credit Suisse marcada para ocorrer na quinta-feira (20). Antes, já havia frustrado também os telespectadores e organizadores do programa Roda Viva, da TV Cultura . 

O guru econômico do candidato do PSL não foi o primeiro a ser chamado à atenção desde que Bolsonaro saiu de cena por conta do ataque a faca sofrido durante ato de sua campanha, no dia 6, em Juiz de Fora (MG). O vice da chapa,  general Hamilton Mourão (PRTB), também foi repreendido após dar seguidas declarações polêmicas e fazer movimentações sem consultar os demais integrantes da equipe de campanha.

Até o surgimento da polêmica acerca da CPMF, a participação de  Paulo Guedes  em eventos com integrantes da elite do mercado financeiro era tida como uma ação importante para a campanha do ex-capitão do Exército. Esperava-se que o chamado 'posto Ipiranga' de Bolsonaro pudesse eliminar dúvidas a respeito da existência de um plano econômico sólido na candidatura do deputado, e também manifestar capacidade de diálogo, uma vez que o próprio Guedes não é frequentador habitual das rodas do mercado financeiro. 

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