O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta sexta-feira (14) que tem a "esperança" de os investigadores da Polícia Federal concluírem ainda antes do primeiro turno das eleições, agendado para o dia 7 de outubro, o inquérito que apura as circunstâncias do ataque sofrido pelo candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL).
O ministro, no entanto, ponderou que a investigação "leva um tempo". "Nós não descartamos nenhuma hipótese", afirmou Raul Jungmann durante agenda em São Paulo, conforme reportado pelo portal Uol . "Num primeiro momento, nós tínhamos as informações que nos remetiam ao agressor. Toda e qualquer questão, seja de presença de advogados, cartão, telefonema, laptop, celulares, tudo está sendo investigado", garantiu o ministro.
O autor do ataque a faca sofrido por Bolsonaro durante ato de sua campanha em Juiz de Fora (MG), na última quinta-feira (6), é Adelio Bispo de Oliveira , de 40 anos de idade, que foi detido em flagrante e posteriormente transferido para presídio federal em Campo Grande (MS).
A Polícia Federal apura, agora, se Adelio recebeu ajuda de outras pessoas ou ainda se ele foi pago para cometer o atentado ao candidato do PSL. O criminoso e sua defesa tem negado essas duas suposições.
"Todas as mídias do Adelio estão sendo periciadas. Há um esforço para, no mais curto espaço de tempo, apresentar esse resultado", disse o ministro, que voltou a rechaçar boatos de que uma mulher teria entregado a faca para o agressor momentos antes do ataque a Bolsonaro .
O presidenciável do PSL foi submetido a duas cirurgias após ser esfaqueado e está internado há uma semana no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Haddad pediu segurança da PF, diz Raul Jungmann
Jungmann informou ainda nesta sexta-feira (14) que o candidato Fernando Haddad (PT) solicitou à Justiça Eleitoral time de agentes da PF para reforçar sua segurança durante atos de campanha. Segundo o ministro, serão disponibilizados ao menos 25 policiais para a segurança do petista, que só solicitou segurança agora pois ele assumiu a vaga do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana.
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Esse serviço já havia sido solicitado pelos candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Álvaro Dias (Podemos) e pelo próprio Bolsonaro, que ainda assim acabou sendo vítima do ataque em Juiz de Fora (MG). O efetivo de agentes da PF que acompanham os candidatos foi ampliado após o episódio, atendendo a determinação do presidente Michel Temer (MDB) e do ministro Raul Jungmann .