Um levantamento feito pelo Ibope – encomendado pela ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas para a igualdade de gênero – e divulgado nesta sexta-feira (14) revela que 77% dos brasileiros – homens e mulheres – acreditam que deveria ser obrigatória uma maior participação de mulheres na política, principalmente no Poder Legislativo.
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Para essas pessoas, deveria ser lei que as casas legislativas – Congresso, câmaras de vereadores e assembleias legislativas estaduais – fossem preenchidas metade por homens e a outra metade por mulheres. A opinião dos diferentes gêneros, a respeito desse incentivo às mulheres na política , divergiu: entre as mulheres, 82% concordam. Entre os homens, 71%.
Porém, mesmo com tal divergência, 81% dos brasileiros, de ambos os sexos, concordam com uma coisa: se houvesse uma maior presença de mulheres em postos de poder e decisão na política, ela seria aprimorada.
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Ao todo, foram entrevistados nesse levantamento 2.002 pessoas, todos com mais de 16 anos de idade, em um total de 141 municípios distribuídos em todo o Brasil.
Mesmo com poucas mulheres na política, são elas quem decidem
Apesar de ainda ter pouca representatividade nas casas legislativas – na Câmara Federal, em 2014, foram escolhidas 51 mulheres, ou seja, apenas 9,9% das 513 cadeiras, enquanto que o Senado ficou com 11 mulheres em meio a 81 senadores, 13,6% da Casa –, é o voto das brasileiras que será decisivo nestas próximas eleições.
Afinal, elas representam 52,5% do eleitorado brasileiro, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E, segundo as últimas pesquisas, ao menos metade das eleitoras permanece indecisa a menos de um mês do primeiro turno.
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Frente a isso, a ONU Mulheres lançou a plataforma Brasil 50-50, que tem o objetivo de incentivar, em busca da igualdade, a participação de mulheres no cenário político. Pela plataforma, os candidatos podem assumir um compromisso público com políticas de igualdade de gênero e os eleitores podem encontrar esses candidatos comprometidos em colocar as mulheres na política .