A coligação Para Unir o Brasil, que apoia a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência, entrou com pedido de impugnação do registro de pesquisa do instituto Datafolha junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os advogados da campanha de Alckmin atacam na representação o fato de que o Datafolha incluiu o nome de Fernando Haddad (PT), que até o momento é candidato a vice-presidente , entre as opções de voto apresentadas aos entrevistados.
Conforme reportou o relator do processo no TSE, ministro Carlos Horbach, a coligação que reúne nove partidos em torno da candidatura de Alckmin alega que, nesses moldes, a pesquisa caracteriza "desinformação e uma violação aos princípios que são tutelados pela legislação de regência, referentemente às pesquisas eleitorais".
O estudo está previsto para ser divulgado na próxima segunda-feira (10), mas Alckmin quer que o TSE proiba que isso ocorra até que haja solução definitiva da Corte.
O ministro Carlos Horbach pediu manifestação do instituto de pesquisas e deu dois dias para a apresentação da defesa, prazo esse que se encerra já nesta sexta-feira (7).
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Além da pesquisa Datafolha, impasse por Lula também travou estudo do Ibope
O impasse acerca da candidatura do PT já motivou discussão na Justiça Eleitoral sobre pesquisa do Ibope que chegou a ser suspensa
, mas acabou liberada nessa quarta-feira (5). O instituto queria assegurar de que não haveria problemas em divulgar o levantamento sem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estivesse entre os candidatos.
Lula teve o registro de sua candidatura vetado pela maioria dos ministros do TSE na madrugada do último sábado (1º) em razão da Lei da Ficha Limpa, que proíbe candidaturas de pessoas condenadas em segunda instância. A coligação O Povo Feliz de Novo, que reúne PT, PCdoB e Pros, tem até a próxima terça-feira (11) para substituir o nome de Lula nas urnas. A expectativa é de que Fernando Haddad seja alçado ao posto de candidato e a jornalista Manuela D'Ávila (PCdoB) assuma a condição de vice da chapa.
Apesar dos questionamentos de Alckmin contra a pesquisa do Datafolha por conta da inclusão de Haddad entre as opções de voto, o ex-prefeito de São Paulo já teve sua popularidade mensurada no estudo divulgado ontem pelo Ibope. O petista apareceu no levantamento com 9% das intenções de voto, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que tem 22%, Marina Silva (Rede), 12%, Ciro Gomes (PDT), 12%, e do próprio Geraldo Alckmin, que tem 9% das intenções de voto.