O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) apresentou, nesta terça-feira (4), uma denúncia contra o candidato a vice-presidente pelo PT, Fernando Haddad. Ex-prefeito da capital paulista, Haddad é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e quadrilha.
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Segundo a Promotoria, Fernando Haddad é acusado pelo recebimento de R$ 2,6 milhões em propina da empreiteira UTC Engenharia, supostamente usados no pagamento de uma dívida contraída durante a campanha eleitoral à prefeitura da capital paulista em 2012.
Essa é a segunda vez que o ex-prefeito paulistano é acusado pelo MP. Da primeira vez, ele foi acusado de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito no mesmo caso.
De acordo com o MP-SP, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto teria pedido ao então presidente da UTC, Ricardo Pessoa, que fizesse o pagamento da dívida da campanha de Haddad com gráficas, em troca de um eventual favorecimento à empreiteira por parte da administração municipal. Já condenados em ações de corrupção na Lava Jato , tanto Vaccari quanto Pessoa, também foram denunciados pelo MP paulista.
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Defesa de Fernando Haddad – o provável substituto de Lula
Em sua defesa, Haddad rejeita a acusação e alega que Pessoa – cuja delação ajuda a sustentar a ação do Ministério Público – está mentindo. De acordo com a assessoria do ex-prefeito petista, as ações do MP são pautadas por um componente eleitoral, já que as acusações estão sendo feitas a poucas semanas das eleições 2018 .
"Surpreende que no período eleitoral, uma narrativa do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, sem qualquer prova, fundamente três ações propostas pelo Ministério Público de São Paulo contra o ex-prefeito e candidato a vice-presidente da República", diz a assessoria de Haddad.
"É notório que o empresário já teve sua delação rejeitada em quase uma dezena de casos e que ele conta suas histórias de acordo com seus interesses", reitera em nota, divulgada hoje.
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Fernando Haddad não é só o candidato a vice-presidente pelo PT. Ele é ainda o provável substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cabeça da chapa presidencial do partido, caso o ex-presidente seja irrevogavelmente barrado da disputa eleitoral.