
Oito dos treze candidatos registrados para a disputa pela Presidência da República informaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já terem arrecadado um total de R$ 71,5 milhões nas duas semanas de campanha oficial. O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) concentra sozinho 60,9% desse montante, tendo angariado R$ 43,4 milhões da direção nacional de seu partido até agora.
No outro pólo dessa corrida financeira entre os candidatos está João Goulart Filho (PPL), que arrecadou R$ 1.800 por meio de vaquinha realizada entre seus apoiadores. A campanha de Goulart Filho informou ainda ter gasto R$ 157,10 com taxa de administração.
De acordo com os dados disponíveis no portal do TSE e consultados pela reportagem da Agência Brasil , o candidato do MDB, Henrique Meirelles, informou ter feito doação do próprio bolso no valor de R$ 20 milhões para sua campanha, que reportou gastos de R$ 50 mil com o impulsionamento de conteúdos na internet. Ex-ministro da Fazenda no governo Michel Temer, Meirelles declarou um patrimônio total de R$ 377, 5 milhões.
O teto de gastos estabelecido pelo TSE, no primeiro turno de cada campanha presidencial, é de R$ 70 milhões.
A candidata Marina Silva (Rede) arrecadou R$ 5,6 milhões, sendo a maior parte repassada pela direção nacional de seu partido. A candidata também se beneficiou de R$ 171 mil conseguidos por meio de vaquinha virtual
e mais R$ 15 mil por doações individuais.
Do total arrecadado, a campanha da ex-ministra aplicou R$ 1,5 milhão na produção dos programas para o horário eleitoral gratuito, que começa a ser veiculado nas emissoras de rádio e televisão a partir dessa sexta-feira (31). Marina também disse ter pago quase R$ 13 mil de taxa de administração pelo financiamento coletivo e R$ 1.100 do aluguel de equipamentos de informática.
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Mais rico entre os candidatos, Amoêdo lucra com vaquinha

O Podemos transferiu R$ 3,2 milhões para a campanha do candidato Álvaro Dias, que arrecadou mais R$ 510 mil por meio de doações individuais. A maior parte dessa quantia foi doada pelo professor Oriovisto Guimarães, empresário do setor de educação que disputa uma cadeira no Senado pelo Paraná e doou R$ 500 mil à campanha de Álvaro Dias. À Justiça Eleitoral
, Guimarães declarou um patrimônio de R$ 240 milhões.
A campanha de Dias destinou a totalidade da verba repassada pelo Podemos para a produção do programa de televisão do candidato. O candidato tem direito a 40 segundos em cada bloco da propaganda eleitoral gratuita e 53 inserções. O horário eleitoral dos presidenciáveis vai ao ar às terças-feiras, às quintas-feiras e aos sábados.
Candidato mais rico, com patrimônio declarado de R$ 425 milhões, João Amoêdo (Novo) arrecadou R$ 505 mil para sua campanha, sendo R$ 308 mil por meio de financiamento coletivo, R$ 153 mil de doações individuais e R$ 43,9 mil repassados pelo partido.
Amoêdo informou ter gasto cerca de R$ 200 mil com impressão de material de campanha, transporte, aluguel de bens móveis (exceto carros), taxa de administração do financiamento coletivo e locação de imóvel.
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O presidenciável Ciro Gomes (PDT) declarou total de recursos recebidos de R$ 53,6 mil, tudo por meio de financiamento coletivo. Já a candidata Vera Lúcia (PSTU) informou que o partido repassou R$ 50 mil para a campanha, sendo R$ 27,4 mil usados para a produção de material impresso.
Neste ano, a principal fonte de financiamento das campanhas eleitorais dos candidatos é o fundo de R$ 1,7 bilhão criado para essa finalidade. Até agora, 34 partidos políticos já tiveram os recursos liberados pelo TSE. O partido Novo decidiu não utilizar os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
*Com informações e reportagem da Agência Brasil