O candidato à Presidência da República do PDT, Ciro Gomes, escolheu a senadora Kátia Abreu (TO) como candidata a vice-presidente, segundo confirmou o presidente da sigla, Carlos Lupi, ao broadcast Político/Estadão. O anúncio deve ser feito na manhã desta segunda-feira (6).
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Com o nome de Kátia Abreu oficializado para vice de Ciro Gomes
, a chapa do PDT contará com apenas uma sigla coligada, o Avante. A escolha, porém, visa à representatividade da senadora na região do Centro-Oeste do País.
Ontem (4), o candidato do PDT voltou a negar que poderia ser vice na chapa com o ex-presidente Lula. Em entrevista à Folha de S. Paulo , ele afirmou que “a cúpula do PT está em uma ‘viagem lisérgica’ e que não espera mais nada do Partido dos Trabalhadores agora”.
Anteriormente, o candidato chegou a defender o petista, mas a aliança entre o PT e o PSB parece ter ‘balançado’ as relações entre as siglas concorrentes. O PSB abriu mão da candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, em Minas, PT retirou a candidatura da petista Marília Arraes em Pernambuco.
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Para ‘cutucar’, Ciro
criticou a decisão dos partidos e publicou uma foto ao lado de Lacerda, afirmando que ele teria sido “vítima de uma punhalada pelas costas”. “Fiquei feliz de saber que ele vai resistir e lutar”, escreveu.
Após participar da convenção do PDT de Minas Gerais, fui dar um abraço no companheiro Márcio Lacerda, que foi vítima de uma punhalada pelas costas. Fiquei feliz de saber que ele vai resistir e lutar. pic.twitter.com/phaNbacMtv
— Ciro Gomes (@cirogomes) 4 de agosto de 2018
Quem é Ciro Gomes?
Esta é a terceira vez que Ciro será candidato à Presidência da República. Isso porque, em 1998 e 2002, ele concorreu ao cargo pelo PPS. Candidato de 60 anos, ele tem quatro filhos.
Natural de Pindamonhangaba (SP), o político construiu sua carreira no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na época.
Depois disso, Ciro Gomes foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente Lula, e tocou o projeto de Transposição do Rio São Francisco. Logo após, deixou a Esplanada dos Ministérios para concorrer a deputado federal e foi eleito. Ciro está no sétimo partido desde que entrou para a política (também foi filiado a PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS).