O ex-ministro Henrique Eduardo Alves (MDB) – que estava cumprindo prisão domiciliar desde maio deste ano por decisão do desembargador do Tribunal Regional Federal da primeira região (TRF-1), sediado em Brasília, Ney Bello – teve sua detenção revogada, nesta sexta-feira (13), pelo juiz Francisco Eduardo Guimarães Farias, da 14ª Vara Federal de Natal, que decidiu deixar Henrique Alves livre.
A partir dessa decisão, o ex-ministro de Michel Temer passará a responder em liberdade ao processo da Operação Manus, no qual é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, devido às investigações a respeito de supostos desvios de dinheiro na construção da Arena das Dunas. Com Henrique Alves livre , seu caso, segundo a defesa, "caminha para absolvição".
Também ex-deputado, Alves estava preso desde junho do ano passado em Natal. Ele foi acusado no âmbito da Operação Manus, cujas fraudes somariam R$ 77 milhões. Além dele, também foram denunciados no mesmo esquema o ex-deputado Eduardo Cunha, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, o ex-dirigente da Odebrecht Fernando Reis e mais duas pessoas ligadas ao ex-ministro de Michel Temer .
Leia também: Ex-ministro Henrique Eduardo Alves é preso pela PF em nova fase da Lava Jato
A investigação é consequência da análise de provas colhidas em várias etapas da operação Lava Jato, principalmente as decorrentes da quebra dos sigilos bancário e fiscal do envolvido e dos depoimentos de delatores da empreiteira Odebrecht, homologados em janeiro pelo Supremo Tribunal Federal.
Mesmo com Henrique Alves livre, ex-ministro responde a processos
Henrique Alves foi ministro do Turismo nos governos de Dilma Rousseff e no de Michel Temer . Antes disso, foi presidente da Câmara dos Deputados.
Ele é réu também em outros processos que correm na Justiça. O mais conhecido deles diz respeito ao “ quadrilhão do MDB ”, que tem como investigados o presidente Michel Temer, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e Altair Alves Pinto, que é homem de confiança de Cunha.
Também respondem por crime de organização criminosa três pessoas ligadas à Temer: seus ex-assessores José Yunes e Rodrigo Rocha Loures, e o ex-coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, o coronel Lima.
Leia também: Registre meu sorriso, diz Temer sobre depoimento de filha à Polícia Federal
O juiz que decidiu deixar Henrique Alves livre não comentou puclicamente a sua decisão.
* Com informações da Agência Brasil.