A Justiça do Rio de Janeiro apreendeu na quarta-feira (4) dois carros e uma lancha do senador e ex-jogador de futebol Romário de Souza Faria (Podemos/RJ).
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A decisão de apreender e penhorar os veículos do ex-jogador e senador Romário foi tomada pela juíza Érica de Paula Rodrigues da Cunha, da 4ª Vara Cível da Barra da Tijuca. A lancha continua na Marina da Glória.
De acordo com a Justiça, os veículos e a lancha não estão em nome do senador. As apreensões serão usadas para quitar dívidas de Romário com a empresa Koncretize Projetos e Obras que prestava serviços de estacionamento no antigo restaurante do ex-jogador, Café Onze Bar e Restaurante.
A ação começou em 2001, quando o restaurante rompeu o contrato com a Koncretize. Em 2011, o senador foi condenado pela Justiça a pagar indenização à empresa.
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Ex-jogador e senador, Romário tenta “driblar” Justiça Eleitoral
Romário bem que tentou, mas seus argumentos não convenceram os ministros do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ). O baixinho consultou a Justiça para saber se era possível que ele, cujo mandato vai até 2022, abandonasse o cargo em favor de seu suplente e se candidatasse à reeleição ao Senado.
Os ministros, contudo, declararam que um senador cumprindo a primeira metade de seu mandato, que dura oito anos, não pode se candidatar para o mesmo cargo. Para o ministro Luís Roberto Barroso, esta seria uma estratégia ilegal para fraudar a vontade do eleitor.
“Permitir que um senador que ainda tem mais quatro anos de mandato deixe o cargo para o suplente é fraudar a vontade popular e o mandato constitucional que exige a renovação da composição do Senado a cada quatro anos”, disse o ministro.
O ex-jogador e senador Romário formulou o pedido antes de definir que seria pré-candidato de seu partido para o governo do Rio de Janeiro. Todos os ministros do TSE acompanharam Barroso em seu voto.
* Com informações da Agência Brasil
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