Filha de Michel Temer diz que não guardou recibos de reforma em sua casa
Polícia Federal investiga obra na casa de Maristela Temer, supostamente paga por coronel Lima, amigo do emedebista; suspeita é que reforma tenha sido usada para lavar dinheiro de propinas
Por iG São Paulo |
Maristela Temer, filha de Michel Temer , afirmou em depoimento à Polícia Federal no dia 3 de maio que foi seu pai quem a indicou que procurasse João Baptista Lima Filho, o coronel Lima , para auxiliá-la na reforma de sua casa. Lima é amigo e sócio de longa data do emedebista.
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Maristela também disse que não guardou nenhuma nota fiscal referente aos gastos da reforma que, segundo ela, giram em torno de R$ 700 mil. O teor do depoimento foi obtido pelo portal de notícias G1 .
A filha do presidente afirma que Maria Rita Fratezi , casada com o coronel Lima, prestou serviços a ela de forma gratuita na reforma. Fratezi e o marido são donos da Argeplan, empresa de arquitetura e engenharia.
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Já sobre os pagamentos em dinheiro feitos em dinheiro vivo por Fratezi a fornecedores de materiais para a obra, Maristela disse que ressarcia a arquiteta. Aos policiais, disse ela:
“Que alguns pagamentos da obra foram realizados diretamente por Fratezi, em função de descontos que possuía junto às empresas do ramo por ser arquiteta. Que posteriormente, a ressarcia de tais despesas; que reitera que a declarante nunca a contratou de fato para executar a obra, de forma remunerada pela depoente por tal serviço, sendo que a relação de Fratezi com a depoente sempre foi de auxílio nas necessidades de obra."
A Polícia Federal suspeita que as obras na casa de Maristela foram usadas na lavagem de dinheiro de propinas. Coronel Lima chegou a ser preso no início do ano em um desdobramento dos inquéritos que correm contra Michel Temer e seu séquito. Ele foi solto dias depois, mas se negou a prestar depoimento.
Maristela disse também que não se lembra dos nomes dos prestadores de serviços e dos fornecedores de materiais. Por fim, disse que Michel Temer , seu pai, não pagou pelas obras e tampouco pediu que coronel Lima e Fratezi arcassem com os custos da reforma.
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