Após prisão de Lula, petista perde intenções de votos, segundo Datafolha

No entanto, Lula segue na liderança de acordo com pesquisa, com 31%; em um cenário sem o petista, Bolsonaro e Marina ficam empatados; confira

prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prejudicou sua candidatura à Presidência da República, mas o manteve na liderança, de acordo com a pesquisa de intenção de voto para a eleição presidencial de 2018 divulgada pelo Instituto Datafolha, publicada no jornal Folha de S. Paulo, neste domingo (15).

Condenação de Lula diminui as intenções de voto do petista, de acordo com a pesquisa do Datafolha
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - 6.6.16
Condenação de Lula diminui as intenções de voto do petista, de acordo com a pesquisa do Datafolha

Realizada na última semana, a pesquisa aponta Lula com 31% das intenções de voto no cenário mais favorável entre nove pesquisados. Apesar de permanecer como favorito comparando aos levantamentos anteriores, a possível reeleição do petista perdeu força, tendo em vista que, no fim de janeiro, o Datafolha mostrou que o ex-presidente tinha até 37% das preferências .

O resultado foi baseado em 4.194 entrevistas entre quarta-feira (11) e sexta-feira (13) de abril, em 227 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Por se tratar de cenários diferentes do apresentado no último levantamento, não é possível fazer uma comparação direta entre as duas pesquisas.

De acordo com o PT, a intenção é manter Lula como candidato, mesmo com o petista preso no último dia 7 por lavagem de dinheiro e corrupção. De acordo com a Lei da Ficha Limpa, ele não poderia participar da eleição, mas a legislação permite o registro mesmo preso. Sendo assim, caberia à Justiça Eleitoral decidir a legitimidade da candidatura.

Caso a candidatura do petista seja validada,  o deputado Jair Bolsonaro (PSL) fica com 15% das intenções e, em seguida a ex-senadora Marina Silva (Rede) aparece com 10%.

O  ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB), que ainda não decidiu se vai participar das eleições, ficaria em quarto lugar, com 8% dos entrevistados o escolhendo.

Já o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi apresentado como preferido apenas por 6% dos participantes, empatando com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) com 5%.

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Sem Lula, Bolsonaro e Marina empatam

Nas análises em que o ex-presidente não é considerado, Bolsonaro ganha mais força, com 17% das intenções de voto, e Marina,  que oscila entre 15% e 16%, também. Dessa forma, os dois ficam empatados na liderança.

Em terceiro lugar fica Ciro Gomes, com 9% em todos os cenários sem Lula, empatado com Alckmin, com 7% a 8% das preferências. Ambos os nomes já concorreram em eleições presidenciais antes, o que facilita a popularidade entre os eleitores, junto de Marina.

Joaquim Barbosa (PSB), que ficou conhecido por conduta no julgamento do mensalão no STF, em 2012, foi votado com oscilação de 9 e 10%.

Com índices menos expressivos, os dois possíveis nomes cotados pelo PT para substituir Lula, o ex-prefeito de São paulo Fernando Haddad e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, não ultrapassam a casa dos 2% e 1%, respectivamente.

Manuela D’Ávila (PC do B) e Guilherme Boulos (PSOL), que demonstraram apoio ao ex-presidente e se manifestaram contra a prisão de Lula, também tiveram o mesmo desempenho fraco: Manuella atinge 2% das intenções e Boulos chega a 1%.

O presidente Michel Temer (MDB), que também poderá participar da disputa presidencial, também não passa dos 2%. O ex-ministro Henrique Meirelles, também pode ser um candidato pelo MDB e tem apenas 1% das intenções de voto.

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