‘Tenha santa paciência’, diz ministro sobre fechamento de fronteira de Roraima
Aloysio Nunes, ministro das Relações Exteriores, criticou pedido de governadora Suely Campos, que quer o fechamento das fronteiras com a Venezuela; Temer diz que ideia de governadora é “incogitável”
Por iG São Paulo |
Aloysio Nunes (PSDB), ministro das Relações Exteriores , rechaçou a ideia da governadora Suely Campos (PP), de Roraima , que pediu ao Supremo Tribunal Federal o fechamento da fronteira do estado com a Venezuela . A governadora vê na medida a única forma de lidar com o grande fluxo de venezuelanos que têm imigrado para o Brasil fugindo da crise econômica no país.
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“Esta é uma ideia... tenha santa paciência”, resumiu o ministro. A informação é do jornal Folha de S.Paulo .
Na avaliação do ministro, o governo tem feito o que está ao seu alcance para lidar com a crise no estado.
“O governo federal está fazendo muito, ajudando tanto o governo do estado quanto as prefeituras, nós temos colaborado com a sociedade civil, o Acnur, agência da ONU para refugiados”, explicou Nunes.
Michel Temer (MDB) também comentou sobre o pedido da governadora. Para o emedebista, o fechamento das fronteiras é “incogitável”.
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O Governo de Roraima ingressou com a ação nesta sexta-feira (13) no STF cobrando ajuda do governo federal para lidar com a entrada de venezuelanos no território do estado.
A ação, que será relatada no Supremo pela ministra Rosa Weber, pede o fechamento temporário da fronteira do Brasil com a Venezuela até que "se resolvam os problemas" decorrentes da chegada dos imigrantes.
Bolsonaro propõem campo de refugiados no estado
Para o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), a solução para a questão dos muitos venezuelanos que tem chegado ao Brasil fugindo da crise econômica na Venezuela passa por revogar a lei de imigração e construir um campo de refugiados em Roraima .
“A elite foi a primeira a sair da Venezuela . Essa foi para Miami. A parte mais intermediária, grande parte foi para o Chile. E agora os mais pobres estão vindo para o Brasil. Nós já temos problemas demais aqui”, opinou o militar reformado ao jornal O Estado de São Paulo .
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