Assassinada aos 38 anos de idade, vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) foi homenageada na Câmara dos Deputados
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 15.3.18
Assassinada aos 38 anos de idade, vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) foi homenageada na Câmara dos Deputados

O Conselho de Ética da Câmara dos deputados decidiu, nesta terça-feira (3), abrir um processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) .

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O Conselho atende a um pedido feito pelo  PSOL , que quer a cassação do mandato de Fraga. Para o PSOL, o deputado “abusou de suas prerrogativas constitucionais” ao “caluniar” a vereadora Marielle Franco , assassinada no Rio de Janeiro no dia 14 de março.

Dias após o assassinato da vereadora, Fraga postou comentários na internet com informações caluniosas sobre a vereadora.

Ele escreveu que Marielle “engravidou aos 16 anos”, era ex-esposa do traficante Marcinho VP, usuária de drogas e defensora do Comando Vermelho.

Fraga ainda afirmou que ela teria sido eleita com o apoio da facção e exonerado seis funcionários. O deputado também ironizou a suspeita de que ela pode ter sido executada pela Policia Militar. Horas depois, foi confirmado que os comentários do deputado não passavam de falsos boatos.

O PSOL, assim, acusa os comentários “flagrantemente mentirosos à memória da vereadora” e critica a ação “imoral” do deputado.

O relator do processo no Conselho de Ética ainda será escolhido pelo presidente da Conselho. Para se concretizar, o processo de cassação precisa ainda passar por outras comissões da Câmara, além de ser aprovado em plenário.

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Cerco às notícias falsas

Depois do assassinato da vereadora Marielle, uma onda de notícias falsas que difamavam a líder comunitária correu pela internet. Um estudo realizado pelo Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo conseguiu rastrear, se não os caluniadores que fabricaram as falsas notícias, seus principais propagadores.

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De acordo com o estudo, foram dois os principais responsáveis pelos compartilhamentos das informações falsas: o site Ceticismo Político e o MBL (Movimento Brasil Livre, que se popularizou durante as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff).

Até a noite de quinta (22), as notícias falsas divulgadas pelo Ceticismo Político tinham mais de 360 mil compartilhamentos no Facebook. A página, assim, foi a que alcançou mais usuários nas redes com os boatos sobre Marielle.

Procurado pelo O Globo , os administradores do Ceticismo Político afirmaram que têm uma relação “extremamente positiva” com o MBL. Já o MBL disse que não conhece Ayan e que não administra seus perfis na internet.

Sobre terem compartilhado os boatos da página, afirmaram que o fizeram pois “compartilham o que bem entendem e preferem acreditar na mídia independente”.

O PSOL já adiantou que está reunindo informações sobre os divulgadores de boatos sobre Marielle e que irá acioná-los judicialmente.              

* Com informações da Agência Brasil

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