Operação Skala: Barroso atende PGR e manda soltar amigos de Michel Temer

Para a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, objetivo das prisões temporárias, que era colher depoimentos, já foi cumprido

Michel Temer (MDB) é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal
Foto: Marcos Corrêa/PR
Michel Temer (MDB) é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Roberto Barroso acatou o pedido da procuradora-geral Raquel Dodge e revogou, na noite de sábado (31), as prisões dos detidos na operação Skala.

"Revogo as prisões temporárias decretadas nestes autos. Expeçam-se, com urgência, os respectivos alvarás para que se possa proceder à imediata soltura", determinou o ministro.

A procuradoria-geral da República havia pedido, na tarde do mesmo dia, que o ministro Barroso revogasse as prisões temporárias dos investigados na operação Skala.

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Ao todo, foram presas 13 pessoas, entre elas amigos próximos de Michel Temer (MDB) . A procuradora-geral, Raquel Dodge, disse entender que os objetivo principais das prisões, que era o de colher depoimentos e efetuar mandados de busca e apreensão, já foram cumpridos. O prazo das prisões temporárias expirava na segunda (1).

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Deflagrada na quinta-feira (29) em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Operação Skala faz parte do inquérito que investiga se o presidente Michel Temer aceitou propina da Rodrimar, empresa que opera o porto de Santos, em São Paulo, em troca de favorecimento ao grupo por meio da edição de decreto que regulamenta contratos de concessão e arrendamento do setor portuário.

Também são investigados no inquérito o ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures, os amigos pessoais de Temer José Yunes e o coronel Lima, e os empresários Antonio Grecco e Ricardo Mesquita, ligados à Rodrimar.

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Temer emitiu uma nota por meio de sua assessoria de imprensa em que aborda a operação. Ele acusou a Justiça de persegui-lo, com o intuito de “destruir” sua reputação e evitar que ele se reeleja em outubro. Para o presidente, a investigação trata-se de uma “farsa”.

Quanto à prisão preventiva de seus amigos investigados, Temer denunciou que os procuradores “usam métodos totalitários, com cerceamento dos direitos mais básicos para obter, forçadamente, testemunhos que possam ser usados em peças de acusação”.

A nota da Presidência conclui dizendo que “o atropelo dos fatos e da verdade busca retirar o presidente da vida pública, impedi-lo de continuar a prestar relevantes serviços ao país”.

Apesar do tom duro da nota, o presidente ainda estuda fazer um pronunciamento na TV para “defender sua honra”. O Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal ainda não se manifestaram sobre as acusações de  Michel Temer .

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