O deputado federal e pré-candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro (RJ), aproveitou o ataque a tiros contra ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
, ocorrido nessa terça-feira (27) no Paraná, para ganhar holofotes. O presidenciável desembarcou no fim da manhã desta quarta-feira (28) em Curitiba (PR) e foi recebido por uma multidão de apoiadores aos gritos de "mito" e "presidente".
A chegada do deputado à capital do Paraná foi transmitida ao vivo pelas redes sociais de Bolsonaro. Celebrado efusivamente por uma multidão postada no saguão do Aeroporto Afonso Pena, o parlamentar foi carregado nos ombros por apoiadores até o carro de som estacionado do lado de fora do aeroporto, onde Jair Bolsonaro foi adornado com uma faixa presidencial.
De cima de um carro de som, Bolsonaro disparou críticas a Lula e disse que espera ver o ex-presidente "em cana". "O Lula quis transformar o Brasil em um galinheiro e agora está colhendo ovos pelo Brasil todo", bradou o deputado, referindo-se a protestos contra o petista registrados durante sua caravana pelo Sul do País.
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"Quero uma polícia que atire para matar"
Apesar do nítido tom de campanha do evento, Bolsonaro ressaltou que aquilo não se tratava de um "comício", o que provocou o coro de seu público dizendo "eu vim de graça". O deputado, no entanto, disparou propostas e se reafirmou como candidato à Presidência.
"Esse Brasil é nosso. Nós de direita somos a maioria. Vamos fazer valer a nossa força. A força da família. A força da nossa Polícia Militar e do povo. Se pensam que vai ser um baile daqui para frente, não vai ser. Se pensam que vou desistir do meu sonho e do meu compromisso de servir a Pátria, estão enganados. O Brasil está precisando de alguém que tenha Deus no coração e que seja um patriota", disse o parlamentar.
Bolsonaro também exaltou as forças policiais e sugeriu que, caso seja eleito, incentivará os agentes de segurança a atirarem "para matar". "Nossos policiais serão condecorados e não mais processados. Eu quero uma polícia Civil e Militar que defenda o povo e atire para matar! Queremos também o direito à legítima defesa, sem essa de desarmar vocês e deixar vagabundos soltos e muito bem armados por aí", afirmou Jair Bolsonaro.
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