O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB), deixou aberta a possibilidade de o governo vir a apoiar uma eventual candidatura do apresentador Luciano Huck para a Presidência da República.
Em entrevista concedida neste sábado (10) ao jornal O Estado de S.Paulo , Padilha disse que Luciano Huck é um "nome popular" e que poderia ter o apoio do governo caso ele defenda o "legado" da gestão Michel Temer.
"Ele não é um político tradicional, não sei qual a composição que ele vai tentar buscar para sua rede de proteção e apoio. O que o presidente coloca é que o candidato seja defensor do legado e da continuidade dos programas que nós implantamos. Se ele aderir a esta tese, por que não?", avaliou o ministro.
Padilha disse que está "contido" em relação a uma eventual candidatura do apresentador e afirmou que, apesar de não descartar apoiar o global, o Planalto ainda "aposta" na identificação de um candidato dos partidos aliados que seja capaz de "galvanizar todos os partidos da base de apoio".
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Huck quer ou não ser candidato?
A novela acerca da eventual candidatura de Huck teve novos episódios nos últimos dias. Na quinta-feira (8), o apresentador entregou resposta a ação movida contra ele pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os advogados de Huck negaram a tese de que ele teria feito propaganda irregular durante entrevista ao Faustão (TV Globo) e reafirmou que não seria candidato neste ano.
No mesmo dia, no entanto, Huck participou de jantar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse que o apresentador "tem o estilo do PSDB". Segundo o tucano, o global teria confidenciado que "está considerando" a possibilidade de disputar a Presidência nas eleições de outubro.