Operador da Lava Jato, Raul Schmidt é preso em Portugal e será extraditado

Luso-brasileiro que era considerado foragido é apontado como um dos maiores operadores da Lava Jato; seu passaporte já estava apreendido

Seu passaporte já estava apreendido e Raul Schmidt estava proibido de se ausentar do país sem autorização
Foto: Reprodução/Facebook
Seu passaporte já estava apreendido e Raul Schmidt estava proibido de se ausentar do país sem autorização

Raul Schimdt, apontado como um dos maiores operadores da Operação Lava Jato, foi preso, neste sábado (3), na cidade de Sabugal, em Portugal. O luso-brasileiro foi preso pela Polícia Federal (PF) e também pela Polícia Judiciária e, agora, aguarda a sua extradição para o Brasil.

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que Raul Schmidt intermediou pagamentos de propina para ex-gerentes e ex-diretores da Petrobras por meio de contas no exterior. Entre os beneficiados diretos das operações estão os ex-diretores da Petrobras Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada.

Ainda segundo as acusações, ele também aparece como preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras.

Schmidt, foragido do Brasil desde julho de 2015, é suspeito dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, que, desde março de 2014, investiga um esquema de desvio de recursos na Petrobras.

 Ele foi preso em Portugal, em março de 2016, na primeira fase internacional da operação da Polícia Federal. Na ocasião, as autoridades brasileiras entraram com um pedido de extradição, mas a Justiça portuguesa permitiu a Schmidt responder ao processo em liberdade. Ele tem cidadania portuguesa.

Seu passaporte já estava apreendido e o operador estava proibido de se ausentar do país sem autorização. Schmidt foi preso em seu apartamento, em uma região nobre de Lisboa.

Extradição

Agora, o luso-brasileiro aguarda o dia da sua extradição. Isso porque as autoridades brasileiras conseguiram garantir que ele fosse extraditado, em uma decisão tomada em última instância. Segundo o procurador da Lava Jato, Diogo Castor de Mattos, não cabem mais recursos. 

A decisão foi tomada em janeiro, mas Raul Schmidt não havia sido encontrado pela polícia portuguesa e era considerado foragido desde então.