Alexandre Pinto e outros acusados são suspeitos de fraudar obras do Rio de Janeiro, como o BRT Transcarioca
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Alexandre Pinto e outros acusados são suspeitos de fraudar obras do Rio de Janeiro, como o BRT Transcarioca

O ex-secretário de Obras da Prefeitura do Rio de Janeiro Alexandre Pinto voltou a ser preso nesta terça-feira (23) a pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato . Esse foi apenas um dos mandados de prisão preventiva cumpridos hoje por policiais federais e integrantes do Ministério Público Federal (MPF), em uma nova fase da operação no estado.

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Ao todo, são cumpridos seis mandados de prisão e 18 de busca e apreensão na operação que apura a suspeita de fraudes em obras no Rio de Janeiro. Alexandre Pinto já havia sido detido pela Lava Jato em agosto do ano passado, durante a operação Rio 40 Graus. Em novembro, no entanto, foi solto. 

Mãos à Obra

A operação desta terça foi batizada de Mãos à Obra e teve como alvo também o ex-subsecretário Vagner de Castro Pereira e o doleiro Juan Luis Bertran Bitllonch – ambos presos preventivamente.

Os outros três mandados de prisão relacionados à operação são temporários. Os agentes também cumprem seis intimações para depoimento na delegacia.

A Operação Mãos à Obra é um desdobramento da Rio 40 Graus, que revelou esquema de propina na Secretaria Municipal de Obras no ano passado .

A Mãos à Obra identificou a cobrança de propina em seis obras municipais: na restauração da linha Vermelha; no programa Asfalto Liso; entorno do Maracanã; BRT Transoeste; BRT na Transcarioca; e BRT Transbrasil.

Como era o esquema

Segundo o MPF, parte dos recursos obtidos pelo ex-secretário de Obras foi remetida ao exterior por meio de empresas offshore operadas por terceiros e com recursos à disposição dele.

Ainda de acordo com as investigações, Juan Bertran teria sido o responsável por realizar as operações de dólar que abasteceram a conta da Centovali, offshore que concentrava os recursos de Alexandre.

Vagner de Castro Pereira também teve importante papel no esquema , de acordo com o MPF. Afinal, era diretamente ao subsecretário que eram feitos os pagamentos do Consórcio Dynatest-TCDI, responsável pelas atividades de monitoramento dos contratos de obras e serviços relacionados à implantação do Transbrasil, corredor exclusivo de BRT que liga o centro da cidade do Rio de Janeiro ao bairro de Deodoro.

De acordo com o Ministério Público, o esquema contava com a participação dos fiscais que supervisionavam, que cobravam cerca de 3% do valor total. Com isso, estima-se que apenas na prestação de serviço de monitoramento das obras do Transbrasil tenham sido pagos R$ 1,8 milhão, sendo R$ 1 milhão recebidos por Vagner de Castro em nome de Alexandre Pinto e R$ 392,5 mil pelos fiscais.

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* Com informações da Agência Brasil.

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