O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse, nesta segunda-feira (22), que, do ponto de vista político, será bom se Lula puder concorrer à Presidência nas eleições de outubro. A informação é da BBC Brasil .
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Em visita a Londres, onde se prepara para o Fórum Econômico Mundial , que acontecerá em Davos, na Suíça, Henrique Meirelles (PSD), cotado por seu partido para disputar o Planalto neste ano, avaliou que a presença de Lula na disputa acabaria com “discussões no futuro” sobre a lisura do processo eleitoral.
"É um processo normal da Justiça, com consequências políticas. Mas eu não tenho olhado isso com foco. Do ponto de vista político, seria bom que ele, evidentemente, disputasse", disse o ministro.
O chefe da economia, contudo, ressaltou que a Justiça age com independência e se baseará em provas no caso de uma possível condenação.
Lula terá recurso julgado nesta quarta-feira (24) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região ( TRF-4 ). Se o tribunal mantiver a sentença de Moro, que condenou o ex-presidente a nove anos e seis meses de prisão no caso do tríplex no Guarujá, o líder petista corre o risco de ser barrado pela Lei da Ficha Limpa.
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No entanto, há discussão no mundo jurídico e político sobre a inviabilização imediata da candidatura. Juristas de variadas matizes apontam que, se o PT insistir, a decisão final sobre a impugnação de Lula pode acontecer na véspera, ou mesmo só depois, das eleições de 2018.
Candidatura pró-reformas
Em Londres, o ministro comentou também sua possível candidatura à Presidência. Aos investidores, disse que só tomará a decisão em abril, quando, avaliou, já terá sido votada a reforma da previdência.
Em entrevistas, Meirelles já afirmou que acha importante que algum candidato se apresente como defensor das reformas econômicas do governo Temer – o teto de gastos, as novas regras trabalhistas e a previdência, entre outras. Ele chegou, inclusive, a se apresentar como possibilidade, participando de comerciais de seu partido na TV aberta.
Sem revelar se sairá ou não candidato, Henrique Meirelles reafirmou seu posicionamento. “Que seja eleito um presidente que seja comprometido com esse processo de reformas da economia, de modernização da economia em andamento", disse.
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