Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados , admitiu, nesta segunda-feira (8), que pode sair candidato pelo DEM (Democratas) ao Planalto nas eleições de outubro. A informação é do jornal O Globo .
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Em entrevista ao periódico, Maia aponta que o chamado centro ainda não definiu candidatos. Ele se refere ao grupo político que apoiou a reforma trabalhista, o teto de gastos do governo, e que trabalha para aprovar, em fevereiro, a reforma da previdência.
Na falta de um candidato para “defender o legado” de Temer , ele reconheceu que seu nome tem sido cogitado e que pode vir a concorrer contra Bolsonaro e Lula em outubro.
Maia também afirmou que não vê problemas no centro vir com mais de um candidato – Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles e Luciano Huck são outros possíveis nomes.
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O DEM, partido do deputado, já se articula pensando nas eleições. Entre as estratégias, pensa em mudar de nome buscando se desassociar da insatisfação geral contra as legendas tradicionais. Uma das opções na mesa, segundo o jornal O Globo , é “Mude” – no passado, o partido se chamava PFL (Partido da Frente Liberal). Outros partidos tradicionais, como o PEN, o PMDB e o PTdoB já seguiram mesmo caminho, tornando-se Patriota, MDB e Avante.
Indefinição
Se à esquerda há indefinição sobre quem sairá candidato ao Planalto, uma vez que a justiça pode dificultar os planos do PT e de Lula em voltar ao poder, o chamado centro passa por dilema semelhante, ainda que por motivos distintos.
As tentativas de emplacar o prefeito de São Paulo João Dória (PSDB) como candidato presidencial, até o momento, foram mal sucedidas. O nome de Luciano Huck, ainda cogitado, enfrenta resistência do próprio apresentador, que não tem experiência na política, e de sua família. Henrique Meirelles (PSD), ministro da Fazenda, padece de desconhecimento por parte do eleitorado, e Geraldo Alckmin (PSDB), talvez o nome mais óbvio entre os citados, até agora não decolou nas pesquisas.
Tanta indefinição fez com que o nome de Rodrigo Maia e do próprio presidente Michel Temer (MDB) sejam ventilado como candidatos. No caso de Temer, contudo, sua saúde debilitada, os casos de corrupção em que é citado e sua enorme impopularidade pesam contra ele.
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