Eleitor buscará "política de resultados" nas eleições de 2018, diz Temer

Presidente entende que brasileiro optará por político que leve reformas estruturais adiante, mas reconheceu impopularidade entre eleitores

Para Temer, denúncias de corrupção nos últimos meses prejudicaram o governo e fizeram a popularidade cair
Foto: Alan Santos/PR - 22.12.17
Para Temer, denúncias de corrupção nos últimos meses prejudicaram o governo e fizeram a popularidade cair

O presidente Michel Temer avaliou nesta sexta-feira (22) o cenário para as eleições presidenciais de 2018. Ao lado de alguns de seus ministros, ele disse acreditar que os brasileiros esperam um candidato que tenha como base o que ele chamou de "política de resultados" e que consiga levar adiante as reformas estruturais do País que estão sendo defendidas por seu governo.

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"O que as pessoas querem é uma política de resultados. O que as pessoas querem é alguém moderado, que saiba se opor às várias correntes políticas do País, alguém que não seja guiado pelo ódio. Os que se extremarem, eu tenho a impressão de que terão dificuldade", disse Temer durante uma reunião realizada com jornalistas do Comitê de Imprensa do Palácio do Planalto, em Brasília.

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O presidente voltou a afirmar que não tem pretensão de se lançar candidato nas eleições de 2018 e reconheceu que sua baixa popularidade entre os brasileiros poderá prejudicar um eventual nome do governo para a sucessão presidencial. "Essa questão da corrupção, etc., prejudicou muito o governo e prejudica muito a popularidade", avaliou. Para o peemedebista, no entanto, todos os seus detratores foram deslegitimados.

"Em outras palavras, aqueles que nos acusaram ou estão presos ou estão desmoralizados", disse. Uma pesquisa CNI/Ibope, divulgada na quarta-feira (20), indica que o governo tem 6% de aprovação, isto é, de brasileiros que o consideram bom ou ótimo. Para 74%, a gestão é ruim ou péssima. Ao ser questionado sobre a pesquisa, o presidente brincou com o índice.

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"Quero dizer que nossa popularidade aumentou 100%. Foi de 3% para 6%", disse Temer, que questionou a importância de popularidade. Segundo ele, seu governo está fazendo "o que o Brasil precisa", sem se preocupar com resultados eleitorais. "Quando você procura o populismo, você se enjaula, porque você quer se reeleger e fica com medo de praticar certos atos indispensáveis para o Brasil".

* Com informações da Agência Brasil.