O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse nesta terça-feira (12) que o seu partido, o DEM, deve fechar questão a favor da reforma da Previdência. Isso significa que o parlamentar que não seguir a orientação do partido e votar contra a proposta poderá receber punição. O único grupo político que fechou questão a favor do pacote de alterações nas regras para a aposentadoria até o momento foi o PMDB, do presidente Michel Temer
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De acordo com Mendonça Filho, mais de 80% dos integrantes de seu partido (que possui 30 deputados no exercício do mandato) já se manifestou de forma favorável à reforma da Previdência , que precisa de ao menos 308 votos para ser aprovada no plenário da Câmara dos Deputados.
“A gente tem quatro ou cinco posições divergentes, o que significa dizer que a gente pode diminuir ainda mais essa posição. E na quinta-feira (14) provavelmente a gente vai referendar o fechamento de questão do DEM”, afirmou.
O ministro disse ainda que ele próprio poderá retomar seu mandato como deputado federal para reforçar os votos da base aliada. “Estarei à disposição para ajudar da melhor maneira possível. Em todas as votações relevantes eu voltei para a Câmara e para essa votação especificamente voltarei sem nenhum problema, se porventura for necessário”, disse Mendonça.
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Rodrigo Maia
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), também se mostrou otimista quanto à possibilidade de adesão de seu partido à proposta.
“Precisamos que os líderes da base e o novo Secretário do Governo [deputado Carlos Marun (PMDB-MS)] consigam organizar os votos para que a gente tenha tranquilidade. Dentro do meu partido, fizemos uma reunião muito boa. Os números são muito positivos. Acho que o DEM vai caminhar para dar um resultado contundente para essa votação”, disse Maia.
O parlamentar confirmou a previsão de iniciar a discussão da reforma nessa quinta-feira (14), com a leitura do texto no plenário, e abrir a votação a partir da sessão da próxima terça-feira (19) de manhã.
Maia reafirmou que só colocará a proposta em votação se tiver certeza de que o governo terá os votos necessários para aprovar o projeto.
“Estamos trabalhando para votar na próxima semana. É matéria que precisa ter voto, não pode ir com uma margem muito distante dos 308 votos, tem que ter uma base grande para que não gere um ambiente no plenário de derrota e tenha um resultado ruim. (….) Se você tiver 270 votos, ir para o tudo ou nada significa o que? Se jogar do 30º andar sem rede, sem paraquedas? Eles que se joguem. A Câmara só vai votar se tiver voto”, declarou.
O presidente da Câmara acredita que ainda este ano pode chegar aos 330 votos de apoio e ressaltou que mesmo que não vote este ano, a reforma da Previdência continuará em pauta no próximo ano, inclusive nos debates das eleições.
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*Com informações e reportagem da Agência Brasil