O ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF) liberou Andrea Neves, a irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), da prisão domiciliar e do uso da tornozeleira eletrônica.
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Com a medida, além de Andrea Neves , são beneficiados outros dois investigados no processo: Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, e o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima, que trabalhou com o senador Zezé Perrella (PMDB-MG), aliado do tucano.
Em sua decisão, o ministro Marco Aurélio também derrubou a proibição de que eles entrassem em contato com outros investigados ou de que viajassem para fora do país.
A irmã de Aécio, foi presa em maio no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte. Em junho, foi beneficiada, junto aos demais citados, com a prisão domiciliar.
Ela é acusada pelo crime de corrupção passiva por ter solicitado, em fevereiro deste ano, uma ajuda financeira de R$ 2 milhões (em quatro parcelas de R$ 500 mil) ao empresário Joesley Batista, dono da JBS, para o irmão Aécio.
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Já o primo do tucano, Frederico Pacheco de Medeiros, e o assessor de Zezé Perrela, Mendherson Souza Lima, são apontados como responsáveis por receber os repasses da JBS destinados ao senador. A denúncia é baseada na delação premiada e nas gravações feitas pelo próprio Joesley.
Em sua defesa e, consequentemente, em defesa dos demais envolvidos, Aécio afirma que não houve irregularidades no pagamento do empréstimo financeiro – que teria caráter pessoal.
Acusados do crime de corrupção passiva
Na decisão, o ministro Marco Aurélio de Mello ressaltou que a que a denúncia com relação aos três ficou restrita à corrupção passiva em coautoria.
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Após receber a decisão do ministro Marco Aurélio, o advogado de Andrea Neves, Marcelo Leonardo, afirmou que sua cliente recebe a notícia com serenidade e afirmou que, em liberdade, terá melhores condições de demonstrar sua inocência.