Anthony Garotinho está preso desde o dia 22 de novembro, no Rio de Janeiro
Inácio Teixeira/Coperphoto
Anthony Garotinho está preso desde o dia 22 de novembro, no Rio de Janeiro

O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho entrou com um pedido de liberdade  no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tentando reverter a prisão preventiva decretada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que já havia negado anular a prisão. O recurso de habeas corpus foi protocolado no TSE na noite desta terça-feira (6).

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No pedido, a defesa de Anthony Garotinho afirma que tanto ele quanto sua esposa, Rosinha  Matheus,  “foram  governadores  do  Rio  de  Janeiro,  e  renunciaram  ao  direito de aposentadoria vitalícia. Ambos  sustentam  uma  família  que  já  soma  nove  filhos,  sendo  cinco deles adotados, e sete netos”.

Além disso, os advogados argumentam que com garotinho preso, o programa de rádio que ele comanda estaria “em vias de ser cancelado”, provavelmente na “próxima segunda-feira” (11), citando isso como motivo para ele ser solto.

A equipe de defesa oferece como alternativa medidas cautelares, como “comparecimento  em  juízo  semanalmente,  proibições  de acesso  ao  que  o  juízo [juiz reponsável]  entender  conveniente,  a  não  comunicação  com  quem entender de direito ou outras”, disseram no texto apresentado ao TSE.

Anthony e Rosinha Garotinho  foram presos no dia 22 de novembro, acusados de corrupção passiva, extorsão qualificada com uso de arma de fogo, crimes eleitorais, falsidade eleitoral, crime de caixa dois e organização criminosa, incluindo a extorsão de empresários enquanto ocupavam prefeitura de Campos dos Goytacazes, no norte do Rio.

Os dois foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral do Rio após informações dadas por empresários da JBS, que afirmaram ter repassado dinheiro a Garotinho, em sua campanha eleitoral ao governo do estado, em 2014.

O ministro Jorge Mussi é o relator do habeas corpus no TSE. Rosinha Garotinho já deixou a prisão .

Agressão

Antony Garotinho afirmou que foi agredido, na madrugada de quinta para sexta-feira (24/11). Um homem de aproximadamente 1,70m de altura teria invadido sua cela no presídio de Benfica, na zona norte da capital carioca, onde ficou preso inicialmente.  O sujeito estaria portando algo parecido com um taco de beisebol, usado para desferir um golpe no  joelho de Garotinho, e teria chegado a apontar uma arma para ele. O agressor ainda teria dito: "Você gosta muito de falar, não é? Só não vou te matar para não sujar o pessoal aqui do lado".

Ao pronunciar essa segunda frase, segundo o ex-governador, o homem fez um gesto indicando as outras galerias da cadeia de Benfica, onde estão detidos desafetos políticos de Garotinho como Sérgio Cabral (PMDB), o próprio Sérgio Côrtes, e o presidente da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB).

No entanto, nenhuma das sete testemunhas ouvidas até o momento corroborou com a versão apresentada por ele . Após a suposta agressão, Garotinho foi t ransferido para o complexo penitenciário de Bangu , na região metropolitana do Rio.

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