O presidente Michel Temer garantiu que vai fazer "o possível e o impossível" para aprovar a reforma da Previdência . As afirmações foram realizadas durante entrega de residências do programa Minha Casa Minha Vida em Limeira, no interior de São Paulo.
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Segundo o presidente, o governo vai verificar "até quinta ou sexta-feira" se já conta com o apoio necessário para obter um resultado positivo na votação da reforma, que ocorrerá na Câmara dos Deputados. Temer mostrou otimismo em conversa com jornalistas após o evento de entrega das casas. "Acho que nós poderemos sensibilizar [a Câmara]", afirmou.
A intenção do governo é levar a proposta ao plenário da Câmara entre os dias 12 e 14 de dezembro. "Teremos reunião com o presidente da Câmara e do Senado, que estão entusiasmados. Entusiasmados em nome do Brasil", prosseguiu o presidente.
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Entenda a situação
A reforma da Previdência se trata de uma proposta de emenda à Constituição (PEC). Por este motivo, é necessário que o projeto seja aprovado em duas votações distintas, que acontecem na Câmara e no Senado. Na primeira fase, é necessário conquistar ao menos 308dos 513 deputados para que o texto siga adiante.
O presidente da Câmara , Rodrigo Maia (DEM-RJ) demonstrou pessimismo com a aprovação. Recentemente, Maia afirmou que "falta muito voto" para que a proposta obtenha autorização para seguir ao Senado. Ele disse ainda que só pretende pautar o projeto no plenário quando puder assegurar que o governo tem o apoio necessário para que a reforma seja aprovada. Caso isso não aconteça, é possível que a votação fique para o próximo ano.
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Para buscar o apoio que precisa, o governo vai procurar as lideranças dos partidos que fazem parte da base aliada para conversas ao longo da semana. Já no próximo domingo (3), Temer deve encontrar ministros e aliados durante o almoço, a fim de debater o cenário político e a reforma da Previdência. Na parte da noite, o presidente deve visitar a residência oficial de Rodrigo Maia para falar sobre o projeto.