O presidente Michel Temer declarou nesta quinta-feira (9) que deverá fazer uma reforma ministerial “no momento certo”. Para Temer, essa medida será “inevitável”, conforme já havia previsto a base aliada que pedia pela ação do presidente, na intenção de abrigar na Esplanada as siglas que o apoiaram.
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"Eu saberei o que é certo para fazer no momento certo, para fazer a reforma [ministerial]. É algo que, toda vez que você governa, essas reformas estão sempre em cogitação. Eu saberei o momento certo de fazer. Não [acho que terá de ser muito antecipada], acho que não. Eu reconheço que há pleitos e, sobremais, como muitos ministros vão deixar seus cargos, é claro que a reforma será inevitável”, afirmou Temer depois de um evento no Palácio do Planalto, no qual anunciou recursos para obras de infraestrutura.
Nos últimos meses, depois de terem possibilitado a aprovação da reforma da Previdência, a movimentação dos líderes da base aliada para troca de favores tem sido intensa. Entre elas, a reforma ministerial é a mais solicitada pelos partidos.
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Reforma da Previdência
Sobre este assunto, o presidente comentou que está “animado” com o avanço das negociações e uma possível aprovação da proposta. O peemedebista fez reuniões na quarta-feira (8) e hoje com líderes da base aliada na Câmara e ministros para discutir o tema. O texto deve sofrer alterações antes de ser votado no plenário da Câmara.
“Eu estou animado porque hoje tem o apoio presidente [da Câmara] Rodrigo Maia, do presidente [do Senado] Eunício. Fizemos várias reuniões nesses dois, três dias”, afirmou aos jornalistas após participar da cerimônia de lançamento do Programa Avançar.
Na avaliação de Temer, é preciso explicar o que é a “verdadeira reforma da Previdência ” e sua importância para aprovar o texto. “O único objetivo dessa reforma é combater privilégios e preservar os mais pobres, os mais vulneráveis. O que há sim é uma quebra de privilégios que hoje não podem mais existir”, disse.
Após a reunião de hoje, na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que foi firmado entendimento entre os líderes partidários de que a reforma da Previdência deve ser votada “o mais rápido possível”.
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*Com informações da Agência Brasil