O ex-assessor do governo de Sérgio Cabral, Ary Ferreira da Costa Filho , deixou o presídio José Frederico Marques na manhã deste sábado (21). Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro, mas o juiz Marcelo Bretas , da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, entendeu que sua prisão preventiva deveria ser revogada. Para o magistrado, ele poderá recorrer da sentença em liberdade.

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Em sua decisão, Bretas condenou Ary no âmbito da Operação Mascate, desdobramento da Lava Jato no Rio, mas afirmou que a manutenção do ex-assessor de Cabral na cadeia não se fazia mais necessária. "Revogo a prisão preventiva anteriormente decretada conta o condenado Ary Filho, por não vislumbrar que perduram os requisitos destas, sobretudo a necessidade das medidas", disse o juiz.

Ex-assessor de Sérgio Cabral, Ary Filho é apontado pelo MPT como operador em esquema de lavagem de dinheiro
Reprodução/Globonews
Ex-assessor de Sérgio Cabral, Ary Filho é apontado pelo MPT como operador em esquema de lavagem de dinheiro

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Na sexta-feira (20), Ary da Costa Filho foi denunciado mais uma vez pelo Ministério Público Federal (MPF). O processo também liga o ex-assessor a um esquema de lavagem de dinheiro. Considerado pelos promotores como um dos principais operadores financeiros do ex-governador, Ary já soma três denúncias por lavagem de dinheiro. Ele estava preso desde o dia 2 de fevereiro.

Além dele, também foram condenados Carlos Miranda, a 12 de prisão, e o próprio ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, a 13 anos de prisão. De acordo com o MPF, os crimes de lavagem de dinheor foram descobertos por meio de delação premiada, em que foram apresentadas provas de transações no valor de R$ 10,1 milhões, entre agosto de 2007 e setembro de 2015.

Além dos R$ 3,4 milhões pagos à GRALC/LRG Agropecuária a título de consultoria, a denúncia do MPF aponta que os integrantes do esquema ocultaram a propriedade de um Camaro 2SS Conversível, avaliado em R$ 222,5 mil, e de uma Grand Cherokee Limited, avaliada em R$ 212,8 mil, bem como de sete imóveis no valor de R$ 6,3 milhões.

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A denúncia aponta que Ary era o responsável pela entrega do dinheiro em espécie do esquema chefiado por Cabral. Após o ex-assessor transportar as quantias, o valor era utilizado pelos colaboradores para pagar os serviços de fachada e adquirir os carros e imóveis em nome de sua próprias empresas.

* Com informações da Agência Brasil.

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