O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia na próxima segunda-feira (23) a segunda etapa da sua caravana pelo Brasil. Entre os dias 23 e 30 de outubro o petista percorrerá, de ônibus, ao menos 14 cidades de Minas Gerais.
A peregrinação de Lula servirá como uma 'campanha prévia' para a eleição presidencial de 2018. Oficialmente, no entanto, o objetivo alegado pelo staff do petista é o de que a série de viagens serve para "ver de perto a realidade e as transformações pelas quais o Brasil passou nos governos do PT".
O ex-presidente iniciará a caravana pela região do Vale do Aço, em Ipatinga, no ato “Em defesa da soberania nacional”, de recepção da caravana na Praça dos Três Poderes, às 18h.
Depois, ele seguirá para o Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri, Vale do Jequitinhonha, passando pelo Norte de Minas, Região Metropolitana de Belo Horizonte e termina em um grande ato na capital mineira, no dia 30 de outubro.
A primeira etapa da caravana do ex-presidente foi realizada em nove estados do Nordeste.
Eleições 2018
Em entrevista à rádio Super Notícia , de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (18), questionado sobre seus potenciais adversários em uma eventual disputa em 2018, o petista afirmou que não está focado no tema e sim em estabelecer um diálogo com a sociedade brasileira.
"Não quero saber quem são meus adversários. Quem quiser disputar comigo que venha pras ruas. A gente não escolhe adversário. Que vença o melhor", ponderou.
Se o pensamento do brasileiro se mantiver conforme c onstatou a pesquisa do Datafolha divulgada no início deste mês , as chances do ex-presidente voltar ao antigo cargo na República são grandes.
Comparado aos candidatos que ficaram em segundo lugar, Marina Silva (REDE) e Jair Bolsonaro (PEN), empatados com 14% e 17% das intenções de voto, respectivamente, o ex-presidente tem vantagem expressiva, com 35% dos eleitores optando por ele, em todo os cenários propostos pela pesquisa.
O levantamento mostrou que mesmo depois de ter sido condenado em um dos processos que está envolvido na Justiça – o que pode impedi-lo de concorrer em 2018 caso seja confirmada a decisão em segunda instância -, Lula ainda teve sua preferência aumentada de 15% para 18% desde junho, conforme divulgou o "Datafolha".