Acusados são suspeitos de estarem envolvidos em lavagem de dinheiro de obras do Rio, como o BRT Transcarioca
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Acusados são suspeitos de estarem envolvidos em lavagem de dinheiro de obras do Rio, como o BRT Transcarioca

A denúncia da força-tarefa da Operação Lava Jato, do Ministério Público Federal (MPF) foi aceita pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que acusa Alexandre Pinto da Silva, ex-secretário de Obras da gestão do ex-prefeito do Rio Eduardo Paes, além de mais 10 investigados.

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Alexandre Pinto  e os outros 10 estão sendo acusados de terem participado do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro em obras municipais, como o BRT Transcarioca (que liga a Barra da Tijuca ao aeroporto do Galeão) e a recuperação da Bacia de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio.

Com Alexandre Pinto, também são acusados dois executivos da empreiteira OAS, Reginaldo Assunção e Antônio Cid Campelo, e as construtoras Carioca Christiani Nielsen Engenharia e Andrade Gutierrez, por oferecerem vantagens indevidas a agentes políticos e servidores públicos.

A denúncia é resultado da Operação Rio 40 graus, deflagrada com o objetivo de reprimir parcela da organização criminosa responsável pela obtenção de vantagens indevidas em detrimento da prefeitura do Rio de Janeiro.

Apenas com as obras da Transcarioca e de recuperação ambiental da Bacia de Jacarepaguá, os valores de propina solicitados pela organização criminosa às empreiteiras envolvidas na execução dos serviços ficaram em torno de R$ 36 milhões, considerando os ajustes com as empreiteiras, que alcançaram 5% do valor das obras da Transcarioca e 4% do valor das obras da Bacia de Jacarepaguá.

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Acusados

Conforme a denúncia, Alexandre Pinto da Silva, Eduardo Fagundes de Carvalho, Alzamir de Freitas Araújo, Ricardo da Cruz Falcão, Carlos Frederico Peixoto Pires, Antonio Carlos Bezerra e Alexandre Luiz Aragão fizeram parte deste núcleo na condição de secretário municipal de Obras (o primeiro) e de fiscais (os demais), bem como Laudo Aparecido Dealla Costa Ziani, que pediu pagamento de vantagem indevida para influir em ato praticado por agentes públicos vinculados ao Ministério das Cidades.

Também foi denunciada a advogada Vanuza Vidal Sampaio, responsável pelo recebimento e repasse das vantagens indevidas e pela ocultação da origem espúria do dinheiro.

Ao receber a denúncia, Bretas escreveu: “A nova operação foi deflagrada a partir dos depoimentos dos colaboradores da Carioca Engenharia e aponta para o envolvimento de mais um setor do Estado do Rio de Janeiro nas atividades da organização criminosa. Ao que tudo indica, o suposto pagamento de propina em função das obras realizadas pela administração do município do Rio de Janeiro representa uma perpetuação dos delitos cometidos no âmbito das operações Calicute e Tolypeutes, já em andamento nesse Juízo. Isso porque o esquema nessas obras municipais era comandado por Alexandre Pinto da Silva, indicado por agente político do partido PMDB, mesmo do ex-governador Sergio Cabral, para comandar a Secretaria Municipal de Obras".

*Com informações da Agência Brasil

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