O ex-governador do Amazonas Amazonino Mendes (PDT) foi eleito neste domingo (27) para mais um mandato à frente do Poder Executivo do estado. Com 99,69% dos votos apurados, o pedetista obteve pouco mais de 781 mil votos, ou 59,2% do total, e bateu no segundo turno da eleição suplementar o senador Eduardo Braga (PMDB), que registrou 40,7% dos votos. O TRE-AM marcou para 2 de outubro a diplomação do novo governador.
Mais de 1,7 milhão de eleitores do Amazonas voltaram às urnas neste domingo para eleger o substituto de José Melo (PROS), que, ao lado de seu vice, José Henrique de Oliveira (Solidariedade), teve o mandato como governador cassado pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em julgamento realizado no dia 4 de maio, a Corte considerou que Melo e Oliveira cometeream crime de compra de votos na eleição de 2014.
A abstenção no pleito deste domingo atingiu índice de 25% do eleitorado amazonense, com mais de 602 mil pessoas deixando de votar. Os votos brancos e nulos somaram mais de 410 mil.
Para a realização do segundo turno da eleição suplementar, foram distribuídas 6.668 urnas eletrônicas em 1.508 locais de votação, de acordo com a Justiça Eleitoral.
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Primeiro turno
No primeiro turno, Amazonino Mendes ficou em primeiro lugar na disputa, com 38,77%. Eduardo Braga teve a preferência de 25,36% dos eleitores, ficando em segundo. Mendes foi governador do Amazonas entre 1987 e 1990 e entre 1995 e 2003. Já Braga, que hoje é senador, governou o Estado de 2003 a 2010. O peemedebista também foi ministro de Minas e Energia durante o governo Dilma Rousseff (PT).
O mandato do novo governador eleito terá duração de pouco mais de um ano, até o dia 31 de dezembro de 2018. A chefia do Poder Executivo amazonense está desde maio sob os cuidados do deputado estadual David Almeida (PSD), que ocupava o cargo de presidente da Assembleia Legislativa do Estado.
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