Pesquisa feita pelo instituto Ipsos revela que 85% da população brasileira reprova o governo do presidente Michel Temer (PMDB). O levantamento foi publicado nesta terça-feira (25) pelo jornal “O Globo”. De acordo com a reportagem, é o mais alto percentual de rejeição presidencial no País desde 2005, quando o Planalto era chefiado pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva.
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De acordo com a pesquisa , 85% dos entrevistados consideram como ruim ou péssima a gestão de Temer, que foi efetivada em agosto do ano passado, após a conclusão do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Para 11% dos participantes, o governo é “regular”. Somente 2% classificam a atual administração como “boa” ou “ótima”, enquanto outros 2% não responderam.
O nível de rejeição a Temer é semelhante ao que era registrado pela ex-presidente Dilma nos últimos meses de mandato. Sondagens feitas pelo Ibope em dezembro de 2015 e em março de 2016 revelaram que 82% dos brasileiros reprovavam a maneira como a petista governava o País.
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O levantamento sobre o governo Temer foi realizado nas duas primeiras semanas de julho. Foram ouvidas 1,2 mil pessoas e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Outra sondagem, feita pelo Datafolha no mês passado, mostrou que a gestão de Michel Temer era aprovada por somente 7% da população brasileira – pior índice registrado desde o governo de José Sarney (PMDB-AP), entre os anos de 1985 e 1990.
Popularidade do PT
O levantamento do Datafolha divulgado no fim de junho mostrou ainda que, ao mesmo tempo em que a gestão Temer vem registrando queda nos níveis de aprovação, a popularidade do PT entre os eleitores brasileiros voltou a crescer.
Na ocasião, o partido era o preferido de 18% da população brasileira, índice três pontos percentuais acima do registrado na sondagem anterior, divulgada em maio. O índice representa a maior popularidade do PT desde dezembro de 2014, pouco após a reeleição de Dilma, quando 22% dos entrevistados pelo Datafolha simpatizavam com a legenda.
A mesma pesquisa mostrou que o PMDB de Temer e o PSDB do senador Aécio Neves estavam empatados como segundo partido mais popular do Brasil, com 5% de preferência cada um. A maioria dos entrevistados para o levantamento, 59%, alegou não ter nenhuma preferência partidária. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.