O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez um apelo, nesta terça-feira (11) para que a denúncia contra o presidente Michel Temer seja votada “o mais breve possível” pela Casa. Maia defende que a denúncia é “grave” e que “o Brasil não pode parar” por causa da tramitação do processo.
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“Eu faço um apelo para que a gente possa respeitar qualquer acordo que tenha sido feito e possa avançar na votação do parecer [sobre a denúncia] no prazo mínimo que foi acordado entre os membros da comissão [de Constituição e Justiça],. É importante que a comissão vote e que o plenário vote o parecer, o Brasil não pode ficar parado. É uma denúncia contra o presidente da República, é grave, eu espero que a gente consiga votar essa matéria o mais breve possível”, disse Rodrigo Maia
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O parecer favorável à admissibilidade da denúncia contra Temer, apresentado pelo deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) ontem, ainda está sendo analisado pelos membros da CCJ da Câmara, podendo ser votado até a próxima sexta-feira (14). Caso o texto seja aprovado, o parecer seguirá diretamente para o plenário da Câmara.
O presidente Michel Temer foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção passiva no final de junho deste ano, após delações de empresários da J&F Holding, dona do frigorífico JBS.
Fechamento de questão
A Executiva Nacional do PMDB decidirá nesta quarta-feira (12) se fecha a questão em torno da votação da denúncia contra Temer na CCJ . Segundo o vice-líder do governo na Casa, Carlos Marun (PMDB-MS), a tendência é que o partido do presidente da República decida por fechar questão pelo voto contrário ao prosseguimento da denúncia.
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Com isso, o partido estaria orientando seus membros sobre como devem votar o tema. Quem não seguir a ordem pode ser punido.
O presidente da Câmara espera que a denúncia já possa ser votada pelo plenário no início da próxima semana. Além disso, Maia admitiu que o quórum necessário para aprovação da matéria é alto, já que, para ser aprovada, a denúncia precisa do apoio de pelo menos 342 deputados, o que representa dois terços do total de 513 deputados.
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O parlamentar ressaltou que não gostaria de deixar a matéria para ser apreciada em agosto, mas recusou-se a dizer se poderia ser suspenso o recesso parlamentar da Câmara, previsto para começar na próxima semana. A suspensão impediria a votação em plenário. “Se atrasarmos essa votação, quem perde é o Brasil, independentemente do resultado”, afirmou Rodrigo Maia.
*As informações são da Agência Brasil