O presidente Michel Temer (PMDB) escolheu na noite desta quarta-feira (28) o nome de Raquel Dodge para chefiar a PGR (Procuradoria-Geral da República). Ela irá substituir Rodrigo Janot, cujo mandato acaba em setembro, e será a primeira mulher a ocupar o cargo no Brasil.
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Raquel Dodge ficou em segundo lugar na lista tríplice com sugestões da ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República) para a PGR . Ela recebeu 587 votos. Em primeiro lugar ficou o atual vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, escolhido por 621 participantes da votação.
A lista tríplice para escolha do procurador-geral da República foi criada em 2001. Apesar de, tradicionalmente, o primeiro colocado ser nomeado para o cargo, o presidente não tem a obrigação de seguir a sugestão da ANPR. Desde 2003, entretanto, o nomeado é o mais votado pelos membros da associação.
Nos bastidores, a escolha de Raquel Dodge já era dada como certa. Isso porque o primeiro colocado na lista tríplice, Nicolao Dino, defendeu a cassação da chapa Dilma-Temer durante julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Dino foi indicado por Rodrigo Janot e é irmão do governador do Maranhão (PCdoB).
A confirmação do nome de Raquel Dodge para a Procuradoria-Geral da República foi feita por Alexandre Parola, porta-voz do Palácio do Planalto . “A doutora Raquel Dodge é a primeira mulher a ser nomeada para a Procuradoria-Geral da República”, limitou-se a dizer o responsável pela comunicação do governo federal.
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Apesar de o Planalto já ter feito o anúncio oficial da substituta de Rodrigo Jano t, a indicação de Raquel Dodge ainda tem de ser submetida a aprovação no Senado. Caso os parlamentares aprovem a nomeação, ela será efetivada no cargo no dia 17 de setembro.
Biografia
A subprocuradora-geral da República Raquel Elias Ferreira Dodge é mestre em Direito pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e está no Ministério Público Federal desde 1987 e oficia no STJ (Superior Tribunal de Justiça) em matéria criminal.
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A futura PGR atuou na equipe que redigiu o I Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil, e na I e II Comissão para adaptação do Código Penal Brasileiro ao Estatuto de Roma. Atuou na Operação Caixa de Pandora e, em primeira instância, na equipe que processou criminalmente Hildebrando Paschoal e o Esquadrão da Morte.
* Com informações da Agência Brasil