O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB) acatou duramente o governador do estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Para Picciani, caso as medidas de ajuste fiscal já aprovadas pela assembleia
não sejam suficientes para recuperar a economia do estado, as únicas soluções possíveis seriam a intervenção do governo federal ou o impeachment de Pezão.
“Aprovamos muito mais do que eles (governo federal) pediram. Se nada disso for suficiente para ter respeito pelo Rio de Janeiro, só vai restar ao governo Temer ter a coragem de fazer a intervenção porque o Rio não pode ficar nesse descontrole. Ou nós vamos fazer o impedimento”, declarou o presidente da Alerj em entrevista à rádio CBN .
Sob muitos protestos nos últimos meses, os deputados estaduais do Rio já aprovaram de fato uma série de exigências feitas pelo governo federal em contrapartida para a renegociação das dívidas do estado com a União. A assembleia já aprovou, por exemplo, o aumento da contribuição previdenciária dos servidores estaduais, a venda da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e o aumento de diversos impostos.
Picciani criticou duramente o governador Luiz Fernando Pezão , classificado por ele como "despreparado" e "incompetente".
“É um governo muito despreparado. Começa pelo governador e avança muito. Nós estamos vendo aí o caos que foi esses últimos anos. O governador quando é incompetente, quando não sabe argumentar, como não tem força política, quem pode ajudar a resolver isso é o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, e a bancada federal”, disse o peemedebista à CBN .
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CPI
Nesta quinta-feira (22), foi instalada na Assembleia Legislativa do Rio uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o desmonte da Petrobras e a venda de ativos da empresa no estado.
O colegiado será presidido pelo deputado Paulo Ramos (PSOL) e visa apurar se a venda de ativos da estatal preenche as normas legais e atende aos interesses econômicos do estado.
"O Estado do Rio tem na Petrobras uma presença determinante para a sua economia e, depois de tudo o que aconteceu com a Operação Lava Jato e o que ainda está acontecendo, vemos que a decisão da diretoria da empresa se destina ao desmonte completo com a venda de ativos. Queremos conhecer profundamente o que está acontecendo", explicou Ramos em entrevisa ao site da Alerj.
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