Passado o impacto emocional que foi criado em cima da divulgação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da gravação feita por Joesley de suas conversas com o presidente Michel Temer, um pouco de perspectiva começa a ser usado pela maioria da imprensa e das pessoas que procuram a verdade e não a distorção dos fatos.

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Se Joesley, o MP e a PF estiverem falando a verdade, a gravação é ilegal
Reprodução/ TV NBR
Se Joesley, o MP e a PF estiverem falando a verdade, a gravação é ilegal

As ações irresponsáveis tomadas contra Michel Temer podem fazer com que a Lava Jato volte aos eixos e reconheça os erros grotescos de procedimento que não podem voltar a acontecer.  Em sua coluna na Veja, Reinaldo Azevedo diz que está claro que a turma da operação não tem mais limites.

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Reinaldo vai mais longe e diz que é um absurdo que tantos advogados fiquem calados frente a tamanha barbaridade jurídica. E ainda questiona se estamos diante de uma cilada legal.Assim como em todo o mundo democrático esse tipo de ação é errada e absurda. Só as ditaduras consagram esse meio obscuro.      

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Áudio confirma sua inocência do presidente?

O presidente Michel Temer ouviu, na companhia de assessores, o áudio gravado pelo empresário Joesley Batista . A conversa entre Temer e Joesley foi divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) depois que o ministro Edson Fachin retirou parcialmente o sigilo da delação premiada do empresário.

Após ouvir o áudio, o entendimento de Temer e sua equipe é de que o conteúdo da conversa não incrimina o presidente, confirmando a nota divulgada pelo Palácio do Planalto na noite de quarta-feira (17) e o pronunciamento da tarde dessa quinta-feira (18).

O entendimento do governo é que a frase dita por Temer “tem que manter isso, viu?” diz respeito à manutenção do bom relacionamento entre Cunha e Batista, e não a um suposto pagamento de mesada pelo silêncio do ex-deputado. Além disso, Temer minimiza a sua fala no trecho no qual Batista diz que está “segurando dois juízes” que cuidam de casos em que o empresário é processado.

“O presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem. O presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público estivessem sendo cooptados”, disse a assessoria do Palácio do Planalto, em nota. A expectativa do governo é que o STF investigue e arquive o inquérito.

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Agora, resta esperar os rumos das investigações que podem apontar que apenas o Globo estava correto ou todos os outros veículos de informação estavam com a razão ao esperar as conclusões das autoriedades sem tomar partido ou fazer o papel de tribunal. 

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