O procurador da República, Ângelo Goulart Vilela, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (18) após a ação desencadeada pela Polícia Federal e que se refere ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Além da prisão, os policiais também fazem buscas no Tribunal Superior Eleitoral, onde Vilela atua. De acordo com as primeiras informações, o procurador poderia ter atuado vazando informações sobre a Operação Lava Jato para políticos.

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Entenda o caso contra Aécio

Segundo o colunista Lauro Jardim,  do jornal "O Globo",  Joesley Batista entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma gravação onde Aécio Neves pede R$ 2 milhões ao empresário para ajudar a pagar a sua defesa na Lava Jato.

De acordo com as primeiras informações, o procurador poderia ter atuado vazando informações sobre a Operação Lava Jato para políticos
Moreira Mariz/Agência Senado 09/11/2016
De acordo com as primeiras informações, o procurador poderia ter atuado vazando informações sobre a Operação Lava Jato para políticos

O dinheiro teria sido entregue a Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred, que é primo de Aécio e coordenou a campanha do tucano para o planalto. "Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara", teria dito Aécio, em conversa gravada. Um dos quatro pagamentos de R$ 500 mil foi filmado pela Polícia Federal. Quem entregou o dinheiro ao primo de Aécio foi o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, hoje um dos delatores.

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A PF seguiu Fred, que foi filmado repassando a pagamento a Mendherson Souza Lima, assessor parlamentar de do senador Zezé Perrela (PSDB-MG), amigo pessoal e aliado político de Aécio. Ainda segundo a reportagem, o dinheiro teria sido rastreado até uma empresa que pertence a Gustavo Perrela, filho de Zezé Perrela. Não existe, segundo a PGR, nenhuma indicação de que o dinheiro tenha sido repassado para algum advogado de Aécio. 

Confira a nota de Aécio Neves na íntegra

"O senador Aécio Neves está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários."

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Com Agência Ansa

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