A capital do Paraná já começou a se preparar para o interrogatório de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está marcado para acontecer na próxima quarta-feira (10). Para garantir que o depoimento aconteça sem nenhum problema, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) elaborou um plano especial de segurança.
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O plano também tem como objetivo evitar confrontos entre manifestantes favoráveis e contrários a Lula . Essa será a primeira vez que o ex-presidente e o juiz federal Sérgio Moro vão ficar cara a cara no processo da Operação Lava Jato.
Será colocado um bloqueio de um raio de 150 metros a partir do prédio onde acontecerá o interrogatório e só moradores e jornalistas credenciados poderão ultrapassá-lo. As ruas nos arredores serão monitoradas pela Polícia Militar e o prédio da Justiça Federal estará sob vigilância da Polícia Federal.
A Direção do Foro optou por suspender prazos processuais e o atendimento ao público no dia do interrogatório. Além disso, o acesso de magistrados, servidores, estagiários e terceirizados não será permitido, conforme decisão da diretora do Foro e juíza federal, Gisele Lemke.
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“O acesso ao edifício Manoel de Oliveira Franco Sobrinho (sede Cabral) somente será permitido às pessoas envolvidas com a realização e o apoio da audiência, devidamente autorizadas pela Direção do Foro, conforme lista a ser encaminhada à Polícia Militar do Estado do Paraná”, diz a deliberação.
Manifestações
Segundo a Polícia Militar, grupos de opiniões divergentes se movimentam para a capital, mas ainda não foi confirmado o número de ônibus com destino a Curitiba. Os grupos vão ocupar regiões diferentes da cidade.
De acordo com o secretário do Sesp, Wagner Mesquita, manifestantes favoráveis ao petista se concentrarão na rua XV de novembro, enquanto os contrários ficarão a aproximadamente três quilômetros, no Centro Cívico da cidade.
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“Nosso objetivo como órgão de Segurança Pública é garantir a livre manifestação democrática e pacífica. Por conta disso, estamos mantendo diálogo com todas as entidades e solicitando cronograma e programação para ajustar a utilização do nosso efetivo”, afirmou Mesquita.
Nesse processo da Lava Jato, Lula é réu por supostamente receber propina da empreiteira OAS através da reforma de dois imóveis: um tríplex no Guarujá e um sítio em Atibaia, ambos em São Paulo. A defesa do ex-presidente afirma que ele não é dono de nenhuma das residências.
* Com informações de Agência Brasil