Na noite da última quinta-feira (6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou um ataque de mísseis contra uma base militar na Síria. Muitas autoridades internacionais acabaram se manifestando pela decisão do mandatário norte-americano de atacar o governo de Bashar al-Assad de maneira direta. Entre as mensagens contrárias ou favoráveis está a resposta do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva que, na última sexta-feira (7), criticou a ação dos EUA.
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“É muito estranho a notícia de um bombardeio americano na Síria [ sic .]”, disse Lula em vídeo publicado em sua página no Facebook. O ex-presidente questiona principalmente o fato de Trump não ter procurado o Conselho de Segurança da ONU antes do ataque.
“É inaceitável que um país como os Estados Unidos tome uma atitude de atacar ou bombardear a Síria por qualquer erro que a Síria tenha cometido sem chamar o Conselho de Segurança para discutir esse assunto”, disse.
“Tinha duas discussões sendo discutidas no Conselho de Segurança: uma dos Estados Unidos e outra da Rússia. E, de repente, se passa por cima de tudo isso e se comete um ataque”, falou o petista em seu posicionamento.
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Conselho de Segurança
O ex-presidente também aproveitou a ocasião para "dar créditos" ao seu governo sobre discussões levantadas no Conselho de Segurança a fim de aumentar o número de países participantes. “Durante oito anos que eu fui presidente do Brasil o meu governo (...) fez gestões e mais gestões para que a gente pudesse mudar o Conselho de Segurança da ONU”.
“O Conselho de Segurança, criado em 1948, não representava a geopolítica de 2000”, argumentou em seu vídeo. “O mundo é outro. E, portanto, era preciso criar novos parceiros para participar do Conselho de Segurança”.
O Conselho tem cinco membros permanentes com poder de veto. É composto por China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Também existe um conselho de membros eleitos a cada dois anos. Atualmente, representam a América Latina e o Caribe Bolívia e Uruguai.
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Lula conta que no período no qual era presidente, ele e sua equipe tentaram incluir novos países no Conselho permanente. Segundo defende, "acreditavam ser importante a presença de membros da América Latina e de pelo menos três países do continente africano".