Maia faz hoje nova tentativa de votar socorro financeiro aos estados na Câmara

Presidente da Câmara faz campanha pela aprovação do PL de recuperação fiscal de estados em crise, mas texto enfrenta resistência entre os deputados

Presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) teve desentendimentos com o governo federal no ano passado
Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados - 22.3.2017
Presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) teve desentendimentos com o governo federal no ano passado

O projeto que cria um regime especial fiscal para estados superendividados está mais uma vez na pauta de votações do plenário da Câmara dos Deputados. A primeira proposta que concedia socorro financeiro aos entes da União foi aprovada pelos deputados no fim do ano passado , mas o texto acabou se tornando ocioso após o presidente Michel Temer vetar alguns trechos da redação. A nova proposta enviada pelo Planalto, por sua vez, enfrenta resistência devido às contrapartidas exigidas pelo governo.

Um dos apoiadores do projeto, o presidente da Câmara , deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a defender a aprovação da proposta na manhã desta quarta-feira (5). Segundo o democrata, é importante que as bancadas entendam que o projeto não é uma ajuda ao Rio de Janeiro especificamente, mas, sim, uma oportunidade de estados em crise fiscal aguda, como o Rio, o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, reorganizarem suas finanças.

O projeto encontra maior resistência por parte dos parlamentares de estados que não enfrentam crise, como os estados do Nordeste. O relator do texto, deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), busca acordo entre os parlamentares para aprovar a proposta.

Para Maia, a medida vai ajudar os estados a se recuperarem da crise e a equilibrarem suas contas. “Não vai se dar apenas um empréstimo, vão ser cobradas contrapartidas e os estados terão que fazer ajustes muito duros”, destacou.

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"Equilíbrio"

Maia comparou a proposta do governo à recuperação de empresas em dificuldades financeiras. "[Quando] uma empresa caminha para falência, existe a recuperação fiscal para que ela tenha alguma condição de reorganizar seus empréstimos e seus débitos para que possa voltar a trabalhar com equilíbrio", afirmou Maia explicando que a proposta do governo segue no mesmo sentido.

A proposta enviada à Câmara em fevereiro pelo governo federal prevê que os estados endividados possam suspender, por no máximo seis anos, o pagamento de seus débitos, desde que façam adesão a um plano de contrapartidas. Entre as exigências da União, estão a privatização de empresas de serviços financeiros, energia e saneamento, a elevação das alíquotas de contribuição social de servidores e o impedimento de aumentar salários ou realizar qualquer forma de admissão de pessoal.

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*Com informações e reportagem da Agência Câmara