Alexandre de Moraes participa de reunião com a presidente do STF, Cármen Lúcia

Ministro da Justiça licenciado foi indicado pelo presidente Michel Temer para ocupar vaga no Supremo aberta depois da morte de Teori Zavascki

Indicação de Alexandre de Moraes é criticada por opositores por causa de sua proximidade com a base do governo
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - 6.1.2017
Indicação de Alexandre de Moraes é criticada por opositores por causa de sua proximidade com a base do governo

Ministro da Justiça afastado, Alexandre de Moraes participou de uma reunião na manhã desta quarta-feira (15) com a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia. Ele foi indicado pelo presidente Michel Temer (PMDB) para integrar o colegiado no lugar de Teori Zavascki, morto em acidente aéreo no dia 19 de janeiro.

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O encontro não estava agendado e teve duração aproximada de 20 minutos. Ao término da reunião, Alexandre de Moraes deixou o local sem falar com a imprensa. Em seguida, a presidente se reuniu com a senadora Wanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e com a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

Nos últimos dias, Moraes tem promovido uma série de encontros com políticos em busca de apoio à sua indicação ao STF . Na terça-feira (14), ele almoçou com líder do bloco moderador no Senado, Wellington Fagundes (PR-MT). Na semana passada, se reuniu com senadores em um barco do senador Wilder Morais (PP-GO).

Após ter sido indicado para o Supremo, o ministro licenciado precisa ser sabatinado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, o que deve acontecer na próxima terça-feira (21) . Em seguida, o parecer da comissão é levado para votação dos senadores em plenário.

Polêmica

A indicação de Moraes para o STF é alvo de polêmicas em relação à sua proximidade com o PSDB, partido que integra a base de Temer . No dia 7 de fevereiro, o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG), anunciou a desfiliação do ministro licenciado da Justiça.

Entre as críticas feitas pelos opositores está o fato de o jurista ter apresentado, em 2000, tese de doutorado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP na qual defendeu que ocupantes de cargos de confiança durante o mandato do presidente da República em exercício não podem ser indicados para o STF. O objetivo do impedimento seria evitar “demonstração de gratidão política”.

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Outro ponto destacado pelos críticos diz respeito à idade de Alexandre de Moraes: 49 anos. Considerando que a legislação brasileira determina que os integrantes do Poder Judiciário devem se aposentar compulsoriamente aos 75 anos, ele poderá ocupar a Corte por 26 anos – até 2043, portanto.


* Com informações da Agência Brasil