Ronnie Lessa afirma sofrer ameaças constantes no presídio
Reprodução/TV Globo
Ronnie Lessa afirma sofrer ameaças constantes no presídio


Assassino confesso da vereadora  Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes,  Ronnie Lessa relatou que tem recebido ameaças da facção criminosa PCC dentro do presídio onde está desde junho, em Tremembé (SP) .

Segundo informações de pessoas próximas ao ex-policial militar , divulgadas pela CNN, Lessa está isolado e não toma banho de sol com os demais detentos. Ele estaria ouvindo com frequência frases como “vai morrer” nos corredores. Visitantes do ex-policial dizem também que já ouviram ameaças contra eles durante encontros.

Os relatos ainda dão conta de que Lessa chora durante o dia por conta do isolamento e que não está fazendo os cursos disponíveis aos presos, que todo detento tem direito para remição de pena.

Cárcere em São Paulo

A chegada de Lessa em Tremembé em junho não teria agradado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do Brasil. O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) comunicou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ao Ministério Público, à Justiça do Estado de São Paulo e à Secretaria de Administração Penitenciária do estado sobre uma suposta ameaça de morte ao ex-PM.

O Sifuspesp solicitou às autoridades competentes a reavaliação da transferência de Lessa. De acordo com o sindicato, uma denúncia apontou que o PCC teria decretado sua morte. A solicitação evidenciou um possível clima de tensão na penitenciária desde que a transferência do ex-PM foi autorizada.

O principal fator seria a relação do condenado pela morte de Marielle Franco com a milícia do Rio de Janeiro. Para o sindicato, a presença de alguém com esse envolvimento provoca a reação do PCC, que veria Lessa como inimigo.

Condenado pela morte de veradora

Em outubro passado, a Justiça do Rio de Janeiro condenou Ronnie Lessa a 78 anos e 9 meses pelas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. Ele confessou os crimes.

A ida de Lessa do presídio federal de Campo Grande (MS) para Tremembé foi um pedido acordado na colaboração premiada, mas o plano inicial era ir ao “presídio dos famosos”, como é conhecida a Penitenciária Dr. José Augusto Salgado, a P2.


A Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo decidiu, porém, pela Unidade Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, a P1 de Tremembé, que “teria plenas condições de manter o referido preso seguro”. A defesa de Ronnie Lessa pediu ao Supremo uma transferência para a unidade que considera ser mais segura.

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