PF prende suspeitos de planejar morte de autoridades no interior de SP

Seis prisões foram efetuadas em pelo menos cinco cidades da região de Campinas

Suspeito preso pela PF de Campinas em operação contra morte de agentes públicos
Foto: Wesley Justino/EPTV - 22.03.2023
Suspeito preso pela PF de Campinas em operação contra morte de agentes públicos

Pelo menos seis pessoas suspeitas de integrar uma facção criminosa que planejava a morte de agentes públicos e autoridades , entre elas o  senador Sérgio Moro (União Brasil), foram presos pela Polícia Federal (PF) de Campinas (SP) na manhã desta quarta-feira (22).

Os agentes cumprem 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em São Paulo, Paraná, Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. A maior parte dos alvos está na região de Campinas. As ordens foram cumpridas em:

  • Americana - 1 mandado
  • Sumaré - 7 mandados
  • Hortolândia - 2 mandados
  • Santa Bárbara d'Oeste - 2 mandados
  • Nova Odessa - 1 mandados

Entre os presos, estão quatro homens e duas mulheres. Eles foram levados para a Delegacia da Polícia Federal em Campinas. Os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados.

Segundo a PF, outros investigados em São Paulo estão em São Bernardo do Campo (1), Diadema (1), Guarujá (7) e Andradina (1).

Nesta quarta (22), a PF apreendeu diversos carros de luxo, motos e malotes com documentos, que foram encaminhados à sede da PF em Campinas. Um cofre com dinheiro também foi encontrado.

Investigações

Segundo as investigações da PF, os planos seriam em retaliação a uma portaria do governo que proibia visitas íntimas em presídios federais, além do pacote anticrime. Os agentes afirmam que os atentados eram planejados desde o ano passado.

Ainda de acordo com os policiais, os alvos chegaram a alugar chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Sergio Moro. A família do senador também estaria sendo monitorada pela facção criminosa.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a operação em uma rede social e confirmou que as vítimas seriam um senador e um promotor de Justiça.

Moro afirmou que irá fazer um pronunciamento as ameaças que havia sofrendo durante a tarde.

"Sobre os planos de retaliação contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado", escreveu.

Entenda o caso

A facção criminosa atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente. Na época em que Sérgio Moro ainda era ministro de Segurança Pública do governo Bolsonaro, em 2019, o governo federal e de São Paulo transferiram Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais 21 integrantes do PCC para penitenciárias de segurança máxima do país. 

A transferência dos criminosos ocorreu após o Ministério Público descobrir um plano da facção para resgatar os principais líderes que estão presos na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior do estado de São Paulo.

O pedido para que os líderes do PCC fossem transferidos foi feito pelo promotor Lincoln Gakiya que, desde então, se tornou alvo de ameaças de morte e também era um dos alvos do grupo criminoso.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o  perfil geral do Portal iG.