As Polícias Civil do estado de São Paulo e do Rio Grande do Sul cumprem 17 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (17) para apurar uma denúncia de sonegação fiscal. A operação, nomeada Resina Fria, ocorre em residências, empresas e escritórios nas cidades paulistas de Capão Bonito, Buri, Itapeva, Avaré e Guarujá, além de Mostardas, município no Rio Grande do Sul. Cerca de R$ 300 mil foram apreendidos em espécie em Capão Bonito. A estimativa é de as pessoas investigadas sonegaram mais de R$ 37 milhões, sendo R$ 22 milhões em tributos do estado de São Paulo e R$ 15 milhões em impostos federais.
A investigação é das Secretarias da Fazenda do estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul, do Ministério Público e da Procuradoria Geral do estado de São Paulo.
A força-tarefa apurou a existência de supostas empresas de fechada, localizadas na região de Itapeva, que seriam responsáveis pela emissão de notas fiscais com mercadorias descritas como "goma de resina" para a geração de créditos fictícios de tributos. Uma empresa que teria emitido mais de R$ 2 milhões em notas fiscais fraudulentas tinha como sócia uma pessoa que trabalhava como seringueira e recebia um alto salário. Há indícios de que o esquema envolveria a emissão de notas fiscais fraudulentas trocadas entre estabelecimentos de SP e do RS.
Produtores rurais também teriam realizado a venda de resina de pinus sem a emissão do correspondente documento fiscal e, consequentemente, sem o recolhimento do Imposto de Renda e do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural).
Há procedimentos fiscais em curso e outros serão iniciados.
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