Uma suposta ajuda de mantimentos terminou com uma bebê de cinco meses sequestrada na última terça-feira (21), em Inhaúma, na Zona Norte do Rio, por três mulheres. O rapto só teve fim 24 horas depois, já na noite desta quarta-feira (22), após policiais da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) conseguirem convencer as sequestradoras que a menina fosse entregue. A criança foi deixada em uma praça de Santíssimo, na Zona Oeste. De acordo com as investigações, o primeiro contato com a mãe da criança aconteceu há um mês.
Segundo a investigação, a sequestradora iria usar a criança para tentar reatar o relacionamento com o ex-marido. Para isso, a mulher e duas filhas — uma delas menor de idade — se aproximaram de Carla Figueira de Assis, mãe da bebê, há cerca de um mês, na Coordenadora Regional de Educação (CER) de Triagem. Elas teriam prometido à mulher ajuda. O contato foi mantido desde então e na terça-feira elas se encontraram com a mãe e a criança.
"Elas se aproximaram da vítima. Ontem (terça-feira), elas mantiveram contato pedindo pra que fosse feito o encontro, pra que elas fizessem a entrega dos donativos", explicou a delegada Elen Gomes Pereira Souto, titular da DDPA, ao G1.
Os investigadores apuram se o trio teria dopado a mãe da menina e obrigado ela a entrar com a neném num carro de aplicativo. O que se sabe é que, no meio do caminho, as sequestradoras conseguiram fazer com que a mulher descesse do veículo. As sequestradoras, então, seguiram para a Fazendinha, no Complexo do Alemão.
Nesta quarta-feira, os policiais identificaram as envolvidas e começaram a monitorá-las e resgataram a bebê. A princípio, uma das duas filhas envolvidas disse que o rapto teria ocorrido para que a criança servisse de pretexto para que a autora do sequestro, mãe das detidas, reatasse o casamento com o ex-marido. Ela alegaria que a menina seria filha do casal, que teria nascido durante a separação.
Uma das irmãs foi presa. A outra, menor de idade, foi apreendida. A mãe das sequestradoras ainda não foi encontrada e nem se apresentou à polícia.
"Passou o sufoco, foi complicado. Agora, estou mais aliviada. Melhorou bastante", disse Carla, com a menina nos braços.
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