Policial que matou universitária com tiro ainda não prestou depoimento

Agente ainda deverá ser ouvida pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Advogado diz que arma já foi entregue. Amigos e parentes pedem justiça nas redes sociais

Foto: Reprodução
Isadora Calheiros Gomes Pedrosa, de 25 anos

A policial civil suspeita da morte da estudante de direito Isadora Calheiros Gomes Pedrosa, de 25 anos, assassinada na última sexta-feira, em Queimados, na Baixada Fluminense, usou uma pistola para fazer o disparo que tirou a vida da universitária. O advogado Igor Carvalho, que defende a agente, disse que sua cliente já entregou a arma na delegacia em que é lotada, a 55ªDP (Queimados). Ele também confirmou que a suspeita ainda deverá prestar depoimento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

O crime teria acontecido após um desentendimento entre as duas mulheres. Segundo Igor Carvalho, a vítima teria um relacionamento amoroso com o ex-marido da policial. Esta última teria rompido a relação ao saber que o esposo mantinha um caso extraconjugal.

"Na verdade houve um envolvimento da vítima com o ex-marido da minha cliente. A vítima foi na casa da minha cliente e houve agressões e infelizmente houve um único disparo. Mas, foi a própria policial quem socorreu a menina junto com familiares. Ela não queria matar ninguém, infelizmente isso aconteceu", disse o advogado.

Mãe de um criança especial e funcionária de uma autoescola localizada no município, a universitária foi atingida por um tiro na cabeça e morreu na Unidade de Pronto Atendimento de Queimados. Em seu perfil em uma rede social, Isadora fazia postagens sobre a filha, que requer cuidados especiais, sobre o trabalho, e sobre o amor pelos seus cachorros. Também há fotos como uma caneca de estudante de Direito.

Parentes e amigos da estudante postaram a hashtag "#JustiçaporIsadora" em uma rede social. "Isadora foi cruelmente assassinada com um tiro na cabeça a luz do dia por uma policial civil por motivos de ciúmes", diz o texto da publicação.

O caso está sendo investigado pela DHBF. Segundo o advogado Igor Carvalho, por conta do crime, sua cliente que é mãe de dois filhos, sofreu um abalo emocional e está passando por uma tratamento psicológico.