MG: padrasto é preso suspeito de estuprar e engravidar enteada de 12 anos

Abusos teriam ocorrido por sete anos sem que a mãe da menina soubesse

Foto: Pixabay / Divulgação
Menina de 12 anos foi estuprada pelo próprio padrasto

Um homem de 48 anos foi preso suspeito de  abusar sexualmenteengravidar a própria enteada quando ela tinha 12 anos. O crime ocorreu em 2019 nos Estados Unidos, mas as autoridades só tomaram conhecimento do caso em setembro do ano passado. O suspeito foi detido em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, nessa terça-feira (28).

O acusado, a vítima e a mãe dela, de 43 anos, viajaram a turismo aos EUA em agosto de 2019 e ficaram hospedados na casa da irmã do homem, em Massachusetts. Os abusos teriam ocorrido na residência por aproximadamente sete meses.

"Eles trocavam muitas mensagens on-line e, no depoimento gravado pela polícia norte-americana, a vítima disse ter se apaixonado pelo suspeito, que ele dizia querer se casar com ela futuramente", afirmou a responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Betim.

À época, a vítima também era ameaçada, para que não contasse a ninguém sobre a situação.

Gravidez

Devido aos estupros recorrentes, a vítima acabou engravidando. A mãe, desconfiada de uma possível gestação da filha, descobriu que ela já estava no sétimo mês após levá-la a uma unidade hospitalar.

A polícia norte-americana suspeitou do crime e iniciou uma investigação. Em depoimento, a vítima disse que tinha conhecido um rapaz pela internet, mas não sabia dizer o nome dele ou características. "Foi em um segundo depoimento que a jovem revelou os abusos cometidos pelo padrasto", acrescentou a delegada.

Com medo da investigação, o suspeito fugiu para o México de carro. Após coletar depoimentos, a polícia expediu um mandado de prisão contra o homem, que chegou a pesquisar locais onde as penas dos crimes praticados eram menores.

Foragido, ele conseguiu retornar ao Brasil em outubro de 2020. As agências de segurança dos EUA coletaram informações de que ele poderia ter voltado ao país de origem e solicitaram cooperação da Polícia Federal, pela Interpol.

A polícia, então, ficou monitorando o acusado até que as provas chegassem do outro país. "O que nos chamou a atenção é que ele nunca informava uma residência fixa, sempre passando outros locais", disse a delegada.

O homem foi preso na última terça, enquanto trabalhava como pintor, por um mandado de prisão temporária, que pode ser convertida em preventiva. À polícia, ele confessou o crime e concordou em fazer a coleta de DNA para realizar exames e confirmar a paternidade. O material ainda será analisado.

Segundo as autoridades, o suspeito já tinha passagem pela polícia por violência doméstica contra a ex-esposa.

— Com informações do portal BHAZ