Caso Lázaro: OAB critica ‘comemoração’ da morte de serial killer nas redes
Em nota, o órgão afirma que a divulgação de fotos e vídeos de pessoa morta pode configurar crime
A Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás (OAB-GO) lamentou a “espetacularização e a celebração” da morte de Lázaro Barbosa , de 32 anos, na manhã desta segunda-feira, durante confronto com polícias da força-tarefa em Itamaracá, Águas Lindas de Goiás, região onde o serial killer estava sendo procurado desde a noite de domingo. Após ser baleado, ele chegou a ser encaminhado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
Em nota, divulgada na tarde de hoje, o órgão afirma que a divulgação de fotos e vídeos de pessoa morta pode configurar crime, conforme o artigo 212 do Código Penal
, passível de detenção de um a três anos e multa.
Em outro trecho do comunicado, a OAB-GO
ressalta que aguarda a investigação da Polícia Civil
se as circunstâncias da morte do foragido ocorreram nos “limites da legalidade”.
Durante os últimos 20 dias, 270 policiais procuravam por Lázaro. Participaram das buscas equipes das polícias Civil e Militar de Goiás e do Distrito Federal, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMGO).
Mais de 30 crimes
De acordo com a Secretaria de Segurança de Goiás , Lázaro era investigado por mais de 30 crimes, cometidos naquele estado, na Bahia e no Distrito Federal. Ele é suspeito da morte de quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia, no DF, e do funcionário de uma fazenda no distrito de Girassol, em Goiás.
A maioria dos casos é referente a crimes de latrocínio (roubo seguido de morte). Durante sua fuga, Lázaro invadiu propriedades rurais, fez três pessoas reféns e baleou outras quatro, entre elas, um policial militar. Ele já tinha condenações por um homicídio cometido na Bahia e por um estupro no DF.