Polícia Civil acusa diretor de presídio de facilitar entrada de drogas ao PCC
Servidor teria recebido R$2.500 por quilo de maconha e R$5.000 por quilo de cocaína
A Polícia Civil acusa Thiago dos Reis, de 33 anos de idade, ex-diretor do setor de inclusão do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Edgard Magalhães de Noronha, em Tremembé (SP) , de facilitar a entrada de centenas de quilos de maconha e cocaína aos presos do Primeiro Comando da Capital (PCC). As informações são do jornalista Josmar Jozino.
De acordo com os agentes de segurança, o esquema foi descoberto no início de fevereiro ao encontrar 8,7 kg de maconha e 974 gramas de cocaína dentro de caixas do Sedex - despachado e enviado através dos Correios. Thiago era o responsável pela entrega das encomendas aos detentos.
As testemunhas do caso alegam que Thiago recebia cerca de R$2.500 por quilo de maconha e R$5.000 por cada quilo de cocaína aos presidiários do Comando. O dinheiro seria pago diretamente pelo PCC.
A Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (SAP), realizou uma apuração preliminar no presídio e identificou que, enquanto Thiago exercia a "função de diretor do setor de inclusão, passou a ser o articulador do forte esquema criminoso do PCC , possibilitando a entrada de centenas de quilos de maconha e cocaína na unidade prisional, uma das maiores do estado."
A defesa do ex-servidor respondeu à acusação e ressalta que "ele sempre esteve no combate à criminalidade, realizando apreensões relacionadas às drogas , demonstrando empenho e determinação, sendo elogiado pela unidade prisional em 27 de janeiro deste ano pelos excelentes serviços prestados."